Pesquisa aponta que 36,4% dos adolescentes de 13 a 17 anos em teve sua primeira relação sexual antes do 14 anos, apontada como precose por especialistas. Os dados constam na PeNSE 2019 (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Os dados indicaram que 38% dos alunos sul-mato-grossenses de 13 a 17 anos de idade já tiveram relação sexual alguma vez. Em Campo Grande, esse índice foi de 35,6% e de 35,4% no índice brasileiro. No estado, a análise dos percentuais de iniciação sexual por sexo mostrou que 38,9% dos meninos já tiveram relação sexual alguma vez, enquanto entre as meninas o percentual foi de 37,1%.

Na rede pública, 39,8% dos escolares informaram que já tiveram relação sexual, enquanto entre os escolares da rede privada o percentual foi de 23,1%. 

Em Mato Grosso do Sul, os percentuais de iniciação sexual precoce (menos de 14 anos) foram significativamente mais elevados para os meninos (40,4%) e escolares da rede pública (36,6%), considerando que 31,5% das meninas e 27,8% dos escolares na rede privada tiveram a primeira relação sexual nessa idade.

O uso de camisinha na primeira relação sexual foi uma característica de 64,6% dos escolares de MS. A diferença entre os percentuais de estudantes que usaram o preservativo na primeira relação sexual e na última (58,2%) revelou que uma parcela deles deixou de usar a proteção no sexo.

Os resultados da PeNSE 2019 indicaram que 43,5% dos adolescentes obtiveram a camisinha em farmácias, mercados ou lojas. Para 24% dos
escolares a proteção foi uma iniciativa do(a) parceiro(a). A obtenção de preservativo nos serviços de saúde foi apontada por 18,6% dos escolares.

Outras quatro formas de obtenção de camisinha (escola, pai, mãe ou responsável, amigo e outra pessoa) foram mencionadas por 13,7% dos escolares.

Meninas que tomaram a pílula do dia seguinte

A pílula anticoncepcional foi o método contraceptivo utilizado pela maioria dos escolares (55,8%). A pílula do dia seguinte (18,6%) e o uso de injetável (5,9%) corresponderam a segunda e a terceira categoria mais utilizada como método contraceptivo dos adolescentes.

Entre as meninas, 45,1% afirmaram ter utilizado a pílula do dia seguinte alguma vez na vida. No caso dos meninos, é possível afirmar que, como parceiros, 24,6% deles tiveram conhecimento e/ou participaram da decisão do uso por sua parceira.

Em relação ao modo como conseguiu a pílula, 70,5% dos alunos afirmaram que compraram na farmácia. Os resultados da PeNSE 2019 mostraram que 75,1% dos estudantes de MS tinham recebido orientação na escola sobre prevenção de gravidez.  

Porém, a pesquisa indica que 6% das meninas de 13 a 17 anos que já tiveram relação sexual engravidaram alguma vez na vida. Na Capital, esse índice foi de 7,7%. No estado, 6,2% das meninas que estudavam em escolas da rede pública já engravidaram alguma vez, enquanto entre as meninas da rede particular o percentual foi de 1,4%.