A reforma tão sonhada na residência da técnica em segurança do trabalho, Glaucia Arruda, 37 anos, se tornou um verdadeiro pesadelo. A proprietária contratou serviços de reforma de uma empresa em , mas a obra foi abandonada. O resultado está no dia-a-dia da moradora. “Meu filho come em cima do monte de entulho, o é uma tristeza e a gente nem consegue dormir direito”, conta.

O sonho começou no dia 4 de novembro, quando ela contratou o serviço de reforma, quando pagou R$ 8,3 mil. “Procurei uma empresa e contratei para fazer alguns reparos, como rachaduras no piso e parede, também construir uma área gourmet”, diz Glaucia. No entanto, o proprietário da empresa, contratado para começar a obra no dia 5 de dezembro, chegou na residência sozinho. “Eu acreditava que era uma empresa, mas ele chegou aqui sozinho, disse que adiantaria o serviço e depois os meninos viriam”, lembra.

A técnica revela que o dono da empresa de reforma começou a mexer no quarto de seu filho de dois anos de idade. “Ele começou a fazer o quarto do meu filho, não terminou e começou a mexer no banheiro, que ele também não finalizou”, disse. O dono da empresa continuou a quebrar calçadas a fazer a churrasqueira e nada era encerrado. “Ele foi destruindo tudo sem terminar nada”.

Já no dia 2 de janeiro, três dias antes da data combinada para a obra ser encerrada e entregue, quatro pedreiros teriam ido até a residência. “Os meninos ficaram aqui, mas não continuaram o serviço porque disseram que não tinham recebido”, diz. Um rapaz que mexia no piso foi quem alertou Glaucia sobre os riscos da parede construída pudesse desmoronar. “Foi aí que eu vi que as paredes que ele construiu estavam todas moles, tortas e percebi que ele não terminou, porque não sabia como terminar”, lamenta Glaucia.

Foi neste momento que a técnica passou a tentar contato com o dono da empresa. “Ele não atendeu mais, liguei para a esposa dele, ela não atendeu, fomos na casa dela e não conseguimos localizar, eles também não respondiam as mensagens, foi quando eu decidi procurar a Justiça”.

Glaucia teve que contratar outro profissional, que está finalizando o serviço. No entanto, nada devolve a sensação de segurança e conforto. “Contratei outro menino para finalizar pelo menos a parte de dentro para eu conseguir morar aqui. Está sendo bem tenso e muito triste para a gente”, desabafa a proprietária.

O processo está em andamento na 2ª Vara do Juizado Especial Central de Campo Grande, sendo que o proprietário da empresa de reforma foi intimado a comparecer na audiência de conciliação, marcada para o dia 11 de fevereiro deste ano.