Pacientes internados na Santa Casa de Campo Grande denunciaram nesta quarta-feira (1°) a precaridade na infraestrutura de um dos quartos do hospital. Em vídeo, leitora registrou imagens de pisos quebrados, paredes mofadas e macas enferrujaras. Hospital relata que reformas no prédio são feitas de acordo com repasses financeiros, financiamento, e doação de material, para conseguir atender demanda de projetos.

A acompanhante do paciente, que preferiu não se identificar, disse que o cheiro no local causou desconforto nas pessoas acamadas e nos próprios profissionais do 2° andar da unidade. Ainda segundo ela, o quarto estava sujo e expondo o irmão doente.

“A Santa Casa é um prédio histórico, está sem manutenção e higiene. Estou com meu irmão que está fazendo tratamento de quimioterapia e hemodiálise. O cheiro de mofo é insuportável; o colchonete é desconfortável, não tem nem 5 centímetros (de estofado). Passamos a noite e um dia nesse quarto cheirando a mofo. É desumano isso!”, lamenta.

A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que a unidade é uma instituição filantrópica e atende 90% de pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A implantação de novos projetos depende de financiamento, repasses do Poder Público e doações.Ainda segundo a assessoria, qualquer obra ou manutenção nos setores precisa ser escalonada, ou seja, é necessário realocar pacientes para outros andares.

Vídeo: paciente reclama de piso quebrado, paredes moradas e maca enferrujada na Santa Casa
Quartos de enfermaria SUS revitalizados. (Foto: Santa Casa de Campo Grande)

“No prédio central, já foram reformadas alas inteiras e/ou parciais no 1º, 3º, 4º e 5º andares, centro cirúrgico, maternidade, laboratório, CTI (Centro de Terapia Intensiva) Pediátrico, Bucomaxilo, farmácias satélites, sala de monitoramento, lavanderia e banco de olhos. Neste momento o 6º andar já está com parte interditada para início de obras de reforma. Algumas alas, em outros andares, estão sendo revitalizadas quarto a quarto, dependendo da taxa de ocupação hospitalar”, informou em nota.

Sobre o questionamento da reclamação, o projeto para o 2° andar está contemplado por um convênio com o Ministério da Saúde, e aguarda deliberação para iniciar os serviços.

Confira o vídeo: