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Cotidiano

Vidas negras importam: grupo faz ato em frente à loja de comerciante acusada de racismo

Na manhã deste sábado (19), grupo de pessoas se reuniu na frente de uma loja na Avenida Coronel Antonino, onde a proprietária chegou a ser presa na última terça-feira (15), acusada de racismo. O ato público de protesto foi uma forma de manifestar o repúdio contra o crime de racismo ocorrido durante a semana. O […]
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Na manhã deste sábado (19), grupo de pessoas se reuniu na frente de uma loja na Avenida Coronel Antonino, onde a proprietária chegou a ser presa na última terça-feira (15), acusada de . O ato público de foi uma forma de manifestar o repúdio contra o crime de racismo ocorrido durante a semana.

O protesto foi organizado pelo Grupo TEZ e o Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro de Mato Grosso do Sul. “Vidas negras importam”, diziam os manifestantes na frente do comércio em que a proprietária foi acusada de racismo. Aproximadamente 15 pessoas se reuniram no local e Polícia Militar chegou a ser acionada.

No entanto, não houve tumulto e o grupo conversou tanto com a polícia quanto com a filha da proprietária do estabelecimento. A presidente do Grupo Tez, Bartolina Catanante explicou que o grupo foi defender o trabalhador, vítima do crime de racismo na última terça-feira. Ele, no entanto, não compareceu por orientação da advogada.

“Ultimamente está tento muitos casos, discursos de ódio. Acho que está mais em evidência porque têm mais câmeras, todo mundo pode filmar e não ficamos mais calados”, disse Bartolina. “Vamos atrás dos nossos direitos”, afirmou, reafirmando que o discurso de ódio está cada vez pior.

A caminho do protesto, Mila Machado foi vítima de um ato racista. Ela contou ao Midiamax que estava no veículo que pediu por aplicativo, quando disse ao motorista que participaria do protesto. Ele então afirmou que “não existe racismo” e os dois acabaram discutindo. Ele chegou a deixar a passageira no caminho e encerrou a .

Outro lado

Proprietário da loja e marido da mulher presa pelo crime de racismo quis dar a versão dos fatos. Ele alega que a esposa foi atacada pelo trabalhador, que teria dito a ela que “mulher não serve para ser dona de um negócio”, o que teria irritado a mulher e gerado a discussão. Ainda segundo ele, ela discutiu com o homem, mas não teria praticado racismo.

“Não somos racistas, temos até funcionários negros”, disse o comerciante.

Prisão e soltura

A comerciante de 50 anos foi presa no dia 15 e liberada na quarta-feira (16) mediante pagamento de fiança, no valor de 10 salários mínimos – R$ 10.045. Ela foi autuada por praticar discriminação ou preconceito de raça ou cor.

No fim da manhã de terça-feira o ‘chapa’, ajudante de caminhoneiro, de 42 anos começou a descarregar as caixas. Foi assim que teve início a discussão, que terminou com a mulher chutando as caixas, ofendendo o trabalhador e por fim presa em flagrante.

Segundo relato de testemunhas e também da vítima, o funcionário foi até a loja deixar as mercadorias da comerciante, mas precisou tirar outras caixas do caminhão antes. A mulher acabou se alterando e pessoas relataram que ouviram exatamente as frases “Quem manda aqui sou eu, você vai fazer o serviço do jeito que eu quiser”, além de “Na minha loja você não entra, seu preto”.

Conforme o trabalhador, a mulher se incomodou porque as caixas teriam ficado na passagem dos clientes. Mesmo assim, um funcionário de loja vizinha relatou à polícia que percebeu a calma da vítima mesmo ao ser ofendida. A todo momento ele pedia para a mulher se acalmar e dizia que já iria retirar as caixas dali.

A comerciante voltou para dentro da loja e quando o homem foi até lá com dois volumes, perguntou onde poderia deixar. Neste momento a funcionária foi até onde a mulher estava, nos fundos, e questionou, quando ela disse “Se for esse preto, não entra na minha loja”. O trabalhador ficou bastante constrangido, conforme disse em depoimento, e saiu.

Policiais militares que estavam na região viram o que aconteciam e chamaram outras equipes, que acabaram prendendo a mulher em flagrante. Na delegacia, no entanto, ela negou qualquer agressão verbal e disse que foi tratada com grosseria pelo trabalhador. Mesmo assim, permaneceu detida na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

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