O desenvolvimento do setor rural é um dos grandes animadores da economia neste ano. Embora várias áreas tenham apresentado momentos de crise, algumas em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a estimativa para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020 pode registrar crescimento.
De acordo com as safras de julho, é possível que o VBP seja de R$ 742,4 bilhões. Ou seja, 10,1% acima do obtido em 2019, que foi de R$ 674,2 bilhões. No caso das lavouras, o aumento real foi de 12,3%, e a pecuária, 6,1%. De modo geral, as lavouras representam 66,5% do faturamento e a pecuária, 33,5%.
Segundo a nota técnica da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, diversos produtos têm apresentado recordes de produção neste ano. Entre eles então o amendoim (20,4%), milho (15%), soja (22,4%), trigo (69,6%), feijão (13,5%) e cacau (18,8%). Quando o assunto é pecuária, os destaques ficam por conta da carne bovina e suína, com aumentos do VBP em 12,6% e 6,2%, respectivamente.
Tudo isso, aliado aos estímulos de crédito proporcionado pelo Governo Federal, cria o ambiente perfeito pra que o produtor do campo invista cada vez mais em seu próprio negócio. Sendo assim, é natural que a comercialização de implementos agrícolas também sinta o impacto do crescimento. Seja na busca por um trator usado à venda ou por equipamentos novos é mais uma área da economia que se beneficia com o fortalecimento deste setor.
Outros elementos que apresentam bom desempenho nesta safra são café, cana-de-açúcar, banana, laranja e arroz. Esse último, que é produzido principalmente na região Sul do país, também pode auxiliar no fomento do comércio no campo. Afinal, comprar equipamentos novos ou tratores usados no Rio Grande do Sul, que é o estado que mais produz aros no Brasil, parece ser um incremento inevitável para manter a evolução de resultados nas próximas safras.
É importante destacar que esses números da agropecuária estão relacionados ao safra de grãos, que deve alcançar 253,7 milhões de toneladas, como foi divulgado pela projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se os resultados forem observados por estados, os cinco com melhores correspondem ao Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Juntos, formam 61,2% do VBP. Já, no caso das regiões, o Centro-Oeste lidera com 32,8% do VBP nacional, seguido por Sudeste, 25,8%; Sul, 24,9%; Nordeste, 9,9%; e Norte, 6,6%.
