Com o aumento do número do coronavírus em Mato Grossos do Sul nas últimas semanas, a UFGD Federal da Grande produziu e lançou um vídeo na língua guarani. O objetivo é a prevenção e cuidado da saúde da população indígena da região e desta forma, a informação chega na linguagem deles.

O vídeo lança faz parte da ação de conscientização iniciada nos primeiros meses de pandemia. E com essa nova onda, os projetos foram retomados e desta vez com foco na população indígena.

É possível encontrar o vídeo e as outras criações no canais oficiais da UFGD e o vídeo também está disponível do canal oficial da universidade no YouTube. O vídeo tem legenda tanto em guarani quanto em português e interpretado em . O conteúdo aborda de maneira prática e direta a segunda onda de aumento do número de casos do coronavírus e orienta como agir para não contrair ou repassar a doença.

Outras criações foram feitas, como gibs, cartilhas e spots para veiculação em emissoras de rádio e em carros de som que transitam na aldeia. Todo começou quando as lideranças indígenas das aldeias Jaguapiru, Bororó e Panambizinho entrou em contato com a universidade e fez a solicitação. Desde então, foi uma grande força-tarefa envolvendo a comunidade da Reserva Indígena de Dourados e diversas instituições atuante no local.

Para a execução de tantas ações, foi montado um projeto que, submetido a edital do Comitê Operativo de Emergência (COE) da UFGD, foi selecionado e recebeu recursos financeiros que auxiliaram no custeio de itens como a impressão de cinco mil cartilhas. “Submetemos o projeto que, uma vez aprovado, atraiu outras parcerias, pois tem o selo da UFGD”, explica o docente Neimar Machado de Souza, da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND) da UFGD, e um dos coordenadores da iniciativa.

Os materiais feitos abordam desde a conceituação do vírus até a prevenção e o atendimento na rede pública de saúde. Além disso, também tem por objetivo apoiar a atuação das lideranças e dos voluntários indígenas durante o período de isolamento social para a distribuição de alimentos, kits de higiene e na inscrição em programas emergenciais existentes durante a pandemia.

tualmente, a população indígena na cidade é de cerca de 16 mil pessoas, grande parte vivendo nas aldeias Jaguapiru e Bororó. Metade dessa comunidade é formada por adultos e idosos, estes, integrantes do grupo de risco mais impactado pela covid-19.

São parceiros no projeto, além da UFGD e do Setor de Escolar Indígena da Secretaria Municipal de Educação de Dourados, a Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas de Dourados (CEAID), a rádio Grande FM, o Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas de Dourados (COMAD) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) de Dourados.

Confira as duas cartilhas com os matérias feitos: cartilha 1 e cartilha 2