Cerca de 130 famílias que habitam na ocupação da , no Jardim Centro-Oeste, estão sem fornecimento de energia desde às 4h desta terça-feira (23).

Segundo Alexsandra, a líder dos moradores, durante a madrugada, um transformador explodiu. “Equipe da veio arrumar, mas quando estavam aqui, estouraram outras duas bananas [do transformador]. Então, saíram sem consertar nada”, explicou.

Em nota, a Energisa informou que a interrupção no fornecimento de energia e consequente ‘queima do transformador’ foi sobrecarga de energia ocasionada por intervenção irregular na rede elétrica, já que a área está sendo regularizada para atender a demanda de todo o loteamento.

Ainda de acordo com a concessionária, equipes estiveram no local mais cedo para identificar o problema e o equipamento (transformador) será trocado nas próximas duas horas.

Transformador explode e deixa 130 famílias sem energia em ocupação da Homex
Moradores relatam que equipe da Energisa saiu sem consertar transformador

Regularização

Em abril, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, determinou que a Energisa regularizasse o fornecimento de energia das cerca de 2 mil famílias que moram no local.

Até então, esses moradores utilizavam ligações clandestinas, os gatos. Mas em abril, o prefeito (PSD) visitou o local e constatou que o excesso de ligações em um mesmo gerador poderia causar picos de energia e explosões durante o dia.

A partir disso, a concessionária tem realizado reuniões com os residentes e promovido a regularização, instalando postes e passando a rede de energia par que os moradores possam instalar os padrões.

Empecilho

Entretanto, algumas ruas não constam no mapa oficial do município. Isso impossibilita de a concessionária instalar os postes para regularizar o fornecimento de energia na região da ocupação da Homex.

“Nessa quadra [em que estourou o transformador] temos duas ruas inseridas no mapa, então a Energisa não pode colocar postes ali. Não sabe se tem nome, se é rua ou não é”, explica Alexsandra, que frisa o fato de que os moradores poderiam puxar um gato novamente “mas não vamos fazer isso para provar que queremos nossa regularização”.