Na hora de comprar um novo aparelho celular, muitos consumidores levam em conta a durabilidade da bateria, a qualidade da câmera, custo-benefício e valor. Imagina conseguir comprar um aparelho com todos esses critérios? De acordo com os vendedores e consumidores da marca Xiaomi, febre de vendas no comércio popular em Campo Grande, isso é possível.

Durante um rolê no Camelódromo da Capital foi possível encontrar os aparelhos a perder de vista nas bancas. Os vendedores deram o veredito e afirmaram que, além de os celulares venderem ‘feito água’, os acessórios da marca também são sensação.

Testemunhas de Xiaomi: marca chinesa vira 'febre' em Campo Grande e conquista legião de fãs
Note 8 é o celular mais vendido da marca no camelódromo | Foto: Leonardo de França, Midiamax

Na banca de Roger Júnior, de 21 anos, os celulares da marca chinesa estão em evidencia na vitrine e, segundo o comerciante, o modelo mais procurado é o Note 8. Com quadro câmeras e uma bateria que dura o dia todo, o celular é o preferido dos clientes.

“As vendas cresceram muito no meio do ano passado, mas foi no final do ano, no período do Natal, que as vendas bombaram. Muita gente comprou”, disse Roger. Os modelos são importados e tem para todos os gostos.

Testemunhas de Xiaomi: marca chinesa vira 'febre' em Campo Grande e conquista legião de fãs
Na banca de Tais, os celulares da Xiaomi são os mais vendidos | Foto: Leonardo de França, Midiamax

O modelo Note 8 também é o mais vendido na banca da comerciante Tais Oliveira, de 25 anos. Conforme a jovem, os celulares da marca são, em disparado, o mais vendido pois atende aos requisitos dos clientes.

“As pessoas que procuram a banca para comprar querem um celular com câmera boa e bateria que dure bastante. E isso ele tem uma fama com os consumidores. O que atrai bastante os compradores também é o custo-benefício, porque ele tem um valor de manutenção bem mais em conta do que as demais marcas”, afirmou à reportagem.

Na banca de tecnologia de Leandro Dias, de 28 anos, os celulares da Xiaomi também são os preferidos dos consumidores. Segundo ele, as vendas começaram a ‘bombar’ depois que os consumidores viram que os celulares eram originais e que não corriam riscos de serem bloqueados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

“As pessoas ficavam com o pé atrás em comprar porque achavam que perderiam o aparelho, mas depois que a Anatel informou quais seriam os aparelhos que iriam bloquear e que os Xiaomi estavam fora da lista, as vendas melhoraram bastante”, explicou.

Valores

Um dos diferenciais mais levado em conta na hora de comprar o celular, é o preço dele. Abaixo dos valores exorbitantes encontrado nas lojas varejistas, o celular custa entre R$ 350 a R$ 950.

O modelo preferido da população, conforme os comerciantes, o Note 8, custa R$ 950. O valor é atrativo e muitos até desembolsam no ato da compra. Já outros preferem parcelar no cartão de crédito e, nesta modalidade o valor sofrer uma alteração, pois os comerciantes relatam que é acrescentado o valor do parcelamento da maquinha de cartão.

Testemunhas de Xiaomi: marca chinesa vira 'febre' em Campo Grande e conquista legião de fãs
Em loja de departamento, o valor do aparelho mais que duplica | Foto: Leonardo de França, Midiamax

A Tais, vendedora que conversou com o Midiamax, disse que os celulares mais simples da marca chamam atenção de empresas que investem nos aparelhos para fornecer um telefone coorporativo ao funcionário.

“O modelo mais simples, o Redmi Go, custa R$ 350 e ele é mais vendido para empresas que querem que o celular tenha apenas o WhatsApp e também para as pessoas que querem apenas o aplicativo no celular”, comentou.

A marca é encontrada com raridade nas lojas tradicionais varejistas do Centro da cidade. Apenas em uma loja de departamento os celulares da Xiaomi foram encontrados, mas o valor mais que duplica. O mesmo modelo vendido a R$ 950 no camelódromo é comercializado a mais de R$ 2 mil.

Testemunhas de Xiaomi: marca chinesa vira 'febre' em Campo Grande e conquista legião de fãs
Os relógios da Xiaomi também são sensação entre os consumidores | Foto: Leonardo de França, Midiamax

Curiosidade

Em tradução literal, a palavra “xiaomi” significa “milhete” em mandarim, um tipo de cereal muito consumido na China. Há quem diga que essa é uma referência à Apple, outra marca de eletrônicos que tem um alimento no nome. Mas não é só isso: outra interpretação diz que “Xiao” significa “pequeno” e “Mi”, “arroz”.

‘Testemunhas de Xiaomi’

Com pouca publicidade no mercado, a marca conquista os clientes no método ‘boca a boca’, com depoimentos e textões na internet. Os usuários dos celulares e acessórios garantem que a marca desbanca a concorrência em todos os critérios e, por isso, até ganharam o apelido carinhoso de ‘Testemunhas de Xiaomi’.

Testemunhas de Xiaomi: marca chinesa vira 'febre' em Campo Grande e conquista legião de fãs
Carol Leite é uma ‘testemunha de Xiaomi’| Foto: Leonardo de França, Midiamax

Presenciadora, a também comerciante Carol Leite, de 30 anos, relata que comprou um Xiaomi para o marido em outubro do ano passado.

“Comprei no susto, porque fiquei com medo de dar algum problema, mas me enganei. O meu marido adora o celular e diz que foi o melhor presente que já ganhou e não troca por outra marca”, disse.

Nas redes sociais, vira e mexe, sempre aparece um amigo ‘testemunha de Xiaomi’ para falar do aparelho, relógio e fones. A brincadeira com os consumidores da marca virou até página de memes nas redes sociais. Confira algumas: