Sem notícias depois de quase seis décadas, um parte da família Vieira da Silva, que foi separada no ano de 1961 por conta de doença e busca por trabalho, volta a se reencontrar em Caarapó, cidade do interior de Mato Grosso do Sul, vizinha de Dourados. Os laços entre os irmãos Antônio e José foram refeitos graças à persistência de Renata, filha de um deles.
Com a ajuda de redes sociais e muita pesquisa por meio das histórias contadas, o reencontro trouxe alegria para quem já tinha quase perdido a esperança de ganhar um abraço. Segundo o Caarapó News, a separação começou em 1961 quando o senhor Sebastião Vieira da Silva, que morava em Ridinha, no Rio Grande do Norte foi para Minas Gerais em busca de um serviço.
Segundo os relatos, após o serviço arrumado no referido local ele voltou no ano de 1962 com tudo acertado para retornar com a família. Porém a esposa Alzira Ana da Conceição estava doente e optou por não ir. Diante da situação o chefe da família chamou os filhos e perguntou quem queria ir com ele.
Na ocasião o filho José Vieira da Silva e seu irmão Antônio Vieira da Silva aceitaram o desafio e junto com o pai saíram do Rio Grande do Norte rumo a um lugar denominado Canal de São Simão que era próximo Ituiutaba (MG). Na época eles deixaram para trás a dona de casa Alzira Ana da Conceição e mais 5 filhos, sendo eles João Vieira da Silva, Manoel Vieira da Silva, Francisco Vieira da Silva, Geraldo Vieira da Silva e Malvina Vieira da Silva.
Renata, filha de José, conta que seu pai foi para Minas Gerais e que atualmente reside em Mato Grosso e que o irmão Antônio Vieira da Silva juntamente com o avô Sebastião decidiram ir para Caarapó em 1972, também em busca de trabalho.
Segundo ela, foi nessa época que os dois irmãos perderam o contato um do outro. José ficou um tempo em Minas Gerais, outro em Mato Grosso e por 12 anos morou em Ourinhos, interior de São Paulo. Em 1989 ele retornou para Cuiabá, onde mora atualmente.
Ajuda do SUS
A sobrinha também relata que ela e sua mãe Maria José da Silva, sempre procuraram por notícias e contatos, através de cartas e-mails enviados para programas de televisão e rádios. As buscas insistentes tiveram progressos a partir do cartão SUS Nacional. “Por meio do cadastro do SUS conseguiu acessar o endereço do meu tio”, explicou Renata.
