e informais tiveram que suspender as atividades durante o isolamento social provocado pelo coronavírus (Cvoid-19). Com a paralisação do comércio em , os trabalhadores passam por dificuldade e estão reorganizando as dívidas para voltar ao trabalho.

Ana Lucia Daniel da Cruz é confeiteira e vende bombons de porta em porta para poder sustentar as duas filhas. Conseguia faturar cerca de R$ 150 por dia, trabalhando quase o dia todo. Com os primeiros casos confirmados da doença, percebeu que clientes já estavam com receio de atender visitas em casa e evitar até mesmo sair no portão.

“Eu tiro o sustento da minha casa vendendo bombons e salgados, e com a pandemia, o medo foi tomando conta das pessoas. Depois do decreto que suspendeu as feiras eu tive que parar, porque sem comércio, não tenho clientes. Eu até tenho direito ao auxílio, mas como minhas filhas tem Bolsa Família temos que aguardar ser liberado, mas nesse tempo as contas não pararam, a comida acaba e eu não posso viver de doação”, lamenta.

A cabeleireira Katicia Alves prevê que só consiga alinhar as dívidas no início do mês de julho. “Meu salão é de bairro e eu já pago a conta de luz junto com a do salão, a conta de luz vai ficar mais alta e eu não terei como pagar. Nos últimos dias o fluxo de cliente já vinha reduzindo, agora então. Eu não tenho como mudar de profissão porque é única coisa que eu sei fazer, gastei com minha formação para isso, então, o jeito é esperar voltar a normalidade e rezar para tudo dar certo”, desabafa.

Narzicio Soares dos Santos , presidente da Associação de Vendedores Ambulantes da Capital, conta que alguns vendedores do recolheram os produtos do box para tentar vender em casa. O local voltou a funcionar nesta quarta-feira (8) com restrições nas entradas, volume de cliente e escala de autônomos por box.

“A maioria dos vendedores dependem só da venda, não possuem outra renda. Alguns tentaram vender pela como delivery, como os que vendem eletrônicos ou roupas, mas a maioria ficou em casa sem ter o que fazer. Nós fomos pegos de surpresa com a suspensão das atividades, por exemplo, teve autônomo que viajou para fazer compras e voltou com o comércio fechado, então ele retornou sem dinheiro para pagar fornecedor. Estamos tentando entrar em acordos e definir se podemos ter uma linha de crédito especial para suprir as contas”, finaliza.