Elaine da Silva há meses gasta cerca de R$ 600 por mês em remédios para seu filho Gabriel da Silva, 18 anos, que sofre de epilepsia e deficiência intelectual, sequelas geradas após uma encefalite.
Todo o valor é utilizado para a compra de três medicamentos: Carbamazepina, Topiramato e Clobazam, porém dois destes devem ser fornecidos pela Casa da Saúde de Campo Grande.
O Topiramato 100mg e o Clobazam 20mg deveriam ser fornecidos pela rede pública de saúde, mas, ao pedir os medicamentos, ela alega que a resposta é sempre a mesma: “sem previsão para a chegada do medicamento”, disse Elaine.
Caso os dois medicamentos fossem entregues, Elaine economizaria cerca de R$ 390 no tratamento do filho. “O Topiramato custa R$ 180,00 para 30 dias, mas como o Gabriel toma duas doses por dia, acaba ficando R$ 360,00 e o Globazan custa uns R$28,00”, explicou a mãe.
Além dos gastos com remédio, Elaine ainda arca com as consultas mensais no neurologista, rotina vivida há cerca de 10 anos. “É direito dele”, reivindicou.
De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), responsável pela Casa da Saúde, a falta do Topiramato ocorre por conta de um atraso na entrega da Sulmedic, empresa que venceu a licitação para fornecimento do medicamento.
Ainda na nota, a SES afirma que a entrega será regularizada em um prazo de 15 dias. Já o Clobazam 20mg “está com o processo licitatório de aquisição seguindo os tramites burocráticos necessários para a compra”.
A SES também informou que o Carbamazepina não é disponibilizado pela rede pública.