Apesar de inusitada, a ideia de levar um caranguejo para casa acabou salvando a vida do bichinho em . Uma reportagem mostrou a história de um jovem que encontrou o animal nas ruas do bairro São Conrado e decidiu adotá-lo. A opinião de um biólogo é que caranguejo dificilmente viveria se fosse solto na natureza, ou seja, o estudante estaria fazendo um favor ao prolongar a vida do animal.

O caranguejo ganhou até nome e é chamado de Arth pelo operador de loja Clever Mattos, de 18 anos. Clever resgatou o caranguejo quando voltava de um . Ele levou o animal para casa e até já providenciou um aquário. O jovem explica que no início a esposa até ficou brava com adoção inesperada, mas que aos poucos já está aceitando a ideia. 

Clever desconfia que o encontro com o caranguejo possa ter sido resultado de uma fuga do animal. “Tem um córrego próximo, meu tio diz que tem bastante caranguejo, mas eu mesmo nunca vi. Ele deve ter fugido de algum lugar”, comenta.

Mas, afinal, como é que um caranguejo foi parar no São Conrado? O biólogo José Milton Longo explica que o animal pode ter fugido de algum tanque de iscas ou pode ter sido derrubado por algum pescador. A reportagem verificou que há até um pesque e pague no bairro vizinho.

O especialista afirma que, apesar de ser recomendado que o rapaz devolvesse o animal à natureza, o caranguejo dificilmente sobreviveria nas condições em que se encontra, sem duas pernas e sem uma pinça da garra direita. Como o caranguejo não é ameaçado de extinção e até seria usado como isca de , por isso não há problema em adotar o animal. “Ele seria uma presa fácil para aves ou até um peixe maior. O rapaz está aumentando o tempo de vida desse bichinho”, diz. 

O biólogo confirma o que Clever já havia descoberto nas pesquisas pela internet: os caranguejos são onívoros, ou seja, podem comer quase tudo. “Ele come pequenos crustáceos, peixes pequenos, vegetação. Ele come de tudo, pode dar até alface, mas tem que garantir que ele tenha carne, que deve ser crua. Uma dica é comprar alimentos, como rações específicas para tartarugas ou caranguejos”, orienta o biólogo. 

Outra dica do especialista é providenciar um aquário maior, com água e terra, para que o caranguejo possa transitar.

Sem 'pinça' nem patas, caranguejo salvo ganhou até aquário do dono no São Conrado
Animal surpreende por não ser nativo de MS (Foto: de França, Midiamax)