Sem acordo, julgamento que pode acabar com greve dos Correios é marcada para dia 21

A greve dos Correios começou no dia 17 de agosto e deve ter fim somente após o julgamento do dissídio pelo TST, marcado para o dia 21/09

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Prestes a completar um mês de greve, funcionários dos Correios não entraram em acordo com a empresa em audiência de conciliação realizada na tarde de sexta-feira (12), no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.

A ministra Kátia Arruda, relatora do dissídio da greve, marcou o julgamento da ação para o próximo dia 21. Foram concedidos cinco dias para as manifestações dos advogados no processo.

Conforme o sindicato em MS, 70% dos trabalhadores do Estado paralisaram. A estatal contesta e afirma que a paralisação foi aderida pela minoria de seus empregados, apesar de não apresentar números.

Os trabalhadores protestam contra a privatização da empresa, “a perda de direitos” e a “negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à Covid-19”.

Em nota, os Correios informaram que seguem trabalhando para minimizar as consequências da paralisação. Os Correios seguem trabalhando para reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados. Durante o último fim de semana e feriado de Dia da Independência, os empregados das áreas administrativa e operacional estiveram mais uma vez unidos em prol da manutenção dos serviços da estatal”.

Dois lados

Segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares), a greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. Segundo a entidade, foram retiradas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.

Em nota, os Correios declararam que aguardam o julgamento do dissídio no TST e afirmam que o fim da greve é essencial para a população. De acordo com o comunicado, a empresa teve suas receitas impactadas pela pandemia da Covid-19. Além disso, “não têm mais como suportar as altas despesas”, incluindo benefícios que “não condizem com a realidade atual de mercado”.

Sem informar números, o Correios informou que a adesão à greve é baixa e que “aguarda o retorno de parte dos trabalhadores que aderiram à paralisação parcial o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, já que agora toda a questão terá seu desfecho na justiça”.

Os clientes podem entrar em contato pelos telefones 3003-0100 e 0800 725 0100 ou pelo endereço http://www.correios.com.br/fale-com-os-correios.

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