Reunião extraordinária convocada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) com integrantes do Conselho de Saúde, que discutiria gerenciamento de hospitais de , foi suspensa na manhã desta sexta-feira (6).

Presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno afirma que divergências em relação à pauta do encontro geraram discussões e a reunião foi encerrada antes que o secretário de saúde, , pudesse detalhar as informações.

Segundo o conselho, inicialmente a SES teria informado que o assunto da reunião seria investimentos na Saúde do Estado. No entanto, documento que oficializava o encontro trazia “restruturação da rede hospitalar e modos gerenciais” como tema principal.

Para Bueno, o objetivo da reunião, na verdade, seria apresentação de plano para implantação de OSS (Organização Social de Saúde) em unidades do Estado.

“Não concordamos em discutir um assunto como esse porque não estamos preparados. Desde o ano passado solicitamos informações para a secretaria, como dados do Hospital Regional, e até agora não tivemos resposta”, afirma Bueno.

Apesar de haver posicionamento contrário do Conselho sobre as OSS, o assunto até seria discutido na reunião, mas os conselheiros se negaram a dar continuidade no encontro em razão de não terem recebido dados da SES referente aos hospitais que podem ser administrados por OSS.

Não há uma data definida para que o encontro ocorra novamente, segundo o conselho.

OSS nos planos

Em entrevista ao Jornal Midiamax em agosto do ano passado, o secretário de saúde Geraldo Resende afirmou que até aquele momento não estava descartada a implantação de OSS em nenhum hospital de Mato Grosso do Sul.

No ano passado, o Hospital Regional em chegou a protagonizar estudos do Governo para implantação de PPP (Parceria Público-Privada) para assumir a administração da unidade.

Na entrevista, o secretário também afirmou que terceirizações não são experiências ruins aos hospitais. Ele falou sobre a Operação Sangue Frio e diz ter sido uma das pessoas que contribuiu com as denúncias. “Eu pergunto a cada um da imprensa e aos sindicalistas, qual hospital público no país administrado pelo estado, governo federal, municípios, nenhum. Nenhum hospital que está a égide do poder público de forma direta tem dado certo”.

Ele citou exemplos de estados que aplicaram a . “Todos os hospitais da Bahia são terceirizados, o governo do PT que tem segmento de três a quatro mandatos consecutivos. No Rio Grande do Norte, o governo busca forma de gestão moderna, busca saída do verdadeiro caos”.