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Cotidiano

Resistentes como Sabiá, moradores de rua recusam ajuda e internação ‘forçada’ vira rotina

Vulneráveis e fragilizados, os moradores que vivem em situação de rua contam com a constante solidariedade para sobreviverem em Campo Grande. Mesmo com programas sociais que os ajudam e dão abrigo, muitos recusam as ofertas de apoio e seguem nas ruas. E, quando em algumas ocasiões, o andarilho oferece riscos para a população e até […]
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Vulneráveis e fragilizados, os moradores que vivem em situação de rua contam com a constante para sobreviverem em . Mesmo com programas sociais que os ajudam e dão abrigo, muitos recusam as ofertas de apoio e seguem nas ruas. E, quando em algumas ocasiões, o andarilho oferece riscos para a população e até para si mesmos, ele pode sofrer uma ‘internação forçada’.

Resistentes como Sabiá, moradores de rua recusam ajuda e internação 'forçada' vira rotina
Sabiá ficou internado no HRMS após fugir da , diagnosticado com Covid-19 | Foto: Divulgação

Através das redes sociais, os moradores acompanharam a situação da figura bastante conhecida em Campo Grande, o Sabiá. Vivendo em situação de rua, o homem estava dormindo em bancos da UPA Leblon e, após ser diagnosticado com coronavírus, Sabiá foi internado no HRMS (Hospital Regional de ), onde recebeu alta na quinta-feira (22).

Após ‘vaquinha’, um grupo conseguiu alugar um quarto para ele e, agora, buscam auxílio para conseguir outros móveis para o lugar. Sabiá, que estava internado na UPA, chegou a fugir da unidade, negando atendimento e, após encaminhamento, foi para o hospital.

Assim como no caso da figura ilustre da Capital, muitos outros moradores em situação de rua são monitorados e acompanhados pela SAS (Secretaria de Assistência Social) e pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Vulneráveis e frágeis

A SAS explica que a população de rua é caracterizada por serem pessoas com diferentes realidades e que tem em comum a pobreza, vínculos interrompidos ou fragilizados, e falta de moradia. Devido à situação em que vivem, ganhar a confiança de quem já é muito fragilizado, é um processo lento.

“Os serviços no âmbito da Política de Assistência Social, são de cunho continuado, permanente e planejado, para alcançarmos esse sujeito de direitos, no sentido da sensibilização da saída das ruas, mas considerando as expectativas e a manifestação dos usuários dos serviços”, disse em nota.

Sensibilizar o indivíduo que vive na rua conta com um trabalho incansável do CRAS, CREAS, Centro POP,  Acolhimentos Institucionais e também da SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social), que trabalha 24h.
“Quanto este sujeito nega nosso atendimento, mudamos as estratégias, e buscamos o aceite, enquanto isso a família está sendo trabalhada, e toda a rede de proteção e garantia de direitos também, e quando necessário o Ministério Público é acionado também. Podemos garantir que existe muito trabalho de acompanhamento do sujeito por todos os equipamentos que atendem a população em situação de rua, inclusive temos forte trabalho intersetorial com a saúde pública”, explicou a secretaria.

Internação “obrigatória”

Os moradores de rua, que seguem sendo acompanhados pela SAS, também são monitorados pela Sesau. O programa ‘Atenda’, acompanha as pessoas em situação de rua que tenham problemas psicóticos, que fazem uso de álcool ou entorpecentes.

Quando identificados, eles são abordados e é oferecido um tratamento. Ele pode recusar, mas caso seja avaliado que ele represente qualquer risco para a população ou até para si mesmos, o morador é encaminhado involuntariamente. “Caso haja a negativa do paciente em realizar o tratamento, quando há risco para ele e para a população, é feita a internação involuntária, usando-se de artifícios legais para tanto. Sendo assim o paciente passa a realizar o tratamento por, pelo menos, quinze dias e quando seu quadro se estabiliza, é liberado novamente”, explicou.

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