Diante de uma de coronavírus () que afeta, principalmente, os pulmões, a chegada do frio acende alerta a quem é portador de algum tipo de doença respiratória.

A pneumologista Setti Albuquerque Aguiar orienta a quem é portador de alguma doença respiratória, primeiramente, tente o contato com o seu médico, para verificar a possibilidade de troca de medicação ou tratamento. Entretanto, alguns sinais devem ser observados com cuidado. “Se tem febre, dor torácica, diarreia, diminuição do olfato ou paladar, tem que procurar um estabelecimento médico que faça esse tipo de atendimento [para suspeita de Covid-19]”, pontuou.

Para diminuir as chances de entrar em uma crise, a especialista indica o uso correto das medicações, estar com vacinas atualizadas e evitar exposição desnecessária são algumas recomendações da pneumologista. “É bom já ter conversado com o médico que o acompanha para saber o que fazer no momento da crise”, explica.

Caso o paciente esteja em crise, não é hora de desesperar. A orientação da profissional é “não suspender medicamentos e, caso não haja melhor no quadro, consultar o médico para receber orientação de qual será o tratamento”.

Outra preocupação de quem é portador de doença crônica respiratória como asma e bronquite é saber diferenciar os sintomas. “Aconselho que devam ter informação maior da doença e falar com seu médico, se puder via teleconsulta”, orientou.

E diante da pandemia de coronavírus, o cuidado deve ser dobrado. “É importante fazer uso da máscara, álcool gel, respeitar o distanciamento e, para quem pode ficar em casa, fique. Aos que precisam trabalhar, saia com o máximo de cautela”, complementou.

Cenário

As pessoas já portadoras de doenças respiratórias crônicas como asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou rinite alérgica, com maior tendência a apresentar crises, precisam ser acompanhadas de perto, porque, se agravadas, as doenças podem levar a internações.

Segundo dados registrados nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em todo o país, apenas a chegada do inverno já faz crescer a demanda espontânea (consultas não agendadas) em aproximadamente 10% em relação ao restante do ano.

Conforme o inverno avança, algumas cidades chegam a mostrar mais de 30% de aumento no volume de casos.