Por Daniela Ramos

Iniciou nesta quarta-feira (12) a terceira etapa da operação Mosquito Zero, no Bandeira. As equipes começaram os trabalhos na região após visitarem 11 mil imóveis no Anhanduizinho. O local já conta com quatro pontos de coletas e ação intensificada com Agentes de Combate a Endemias (ACEs).

Em quase dez dias de operação na região atendida pelas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) foram visitados 10.938 imóveis nos bairros Los Angeles, Parque do Sol e Aero Rancho. Os moradores foram orientados pelos agentes sobre a limpeza dos terrenos e sobre a proliferação do mosquito transmissor da (Aedes Aegypti), além do controle mecânico em locais necessários.

No total foram eliminados mais de 500 focos em locais com água acumulada e larvas do mosquito. 64 agentes foram utilizados na visitação nas residências.

No Bandeira

Na região estão instalados quatro pontos de coleta de materiais que não são mais utilizados sendo de grande e pequeno volume, para que os moradores possam ajudar na limpeza dos criadouros do mosquito. São pontos estratégicos instalados nos bairros Tiradentes, III, Maria Aparecida Pedrossian e Jardim Itamaracá.

Cronograma

A expectativa é de que até abril as sete regiões de tenham recebido uma ação semelhante, conforme cronograma pré-definido.

  • 1ª Semana – Imbirussu.
  • 2ª Semana –  Anhanduizinho.
  • 3ª Semana –  Bandeira.
  • 4ª Semana –  Prosa.
  • 5ª Semana – Lagoa.
  • 6ª Semana – Segredo.
  • 7ª Semana –  Centro.

Dados epidemiológicos

De acordo com a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica na primeira quinzena de fevereiro foram notificados 3.277 casos de dengue em Campo Grande, onde 126 deles foram confirmados. O número de morte também subiu na capital sendo três registrados, de um homem de 30 anos, uma senhora de 74 anos um criança de 09 anos de idade.

Já para o Vírus foram registradas 34 notificações e 17 de Chikungunya, que estão em processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas. Em 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue, sendo 19.647 confirmados e 8 óbitos. Apesar dos números dezembro de 2019 fechou com cerca de 45% menos de casos registrados em comparação com 2018.

Infestação pelo Aedes

Na capital sete áreas foram classificadas com o risco de surto da doença transmitida pelo mosquito conforme o Levantamento Rápido de índices de Infestação pelo Aedes Aegyptti (LIRAa). O número de áreas quase dobrou em relação com o último LIRAa divulgado em novembro de 2019. Apenas 18 áreas continuam com índices satisfatórios.

O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.

O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.