Levantamento feito pelo Jornal Midiamax nesta sexta-feira (20) aponta que dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, nove decretaram situação de emergência e apenas dois, Sidrolândia e Porto Murtinho, o toque de recolher. Outras 14 cidades têm déficit de informação para a população e para os servidores públicos, ou apenas decretaram medidas mais brandas, como a suspensão das aulas na rede municipal de ensino.

Estão em situação de emergência Campo Grande, Três Lagoas, Dourados, Bodoquena, Naviraí, Coxim, Sonora, e Santa Rita do Pardo. Em Sidrolândia, o toque de recolher começará nesta sexta a partir das 20h e vai até às 4h, todos os dias. Em Porto Murtinho, o toque funcionará das 20h às 06h (com exceções para quem trabalha no período noturno). A cidade também limitou o atendimento em supermercados durante o dia para até oito pessoas por vez, com encerramento das atividades às 18h.

61 municípios reduziram os expedientes de atendimento e decretaram medidas de contenção, como por exemplo, evitando a realização de eventos com mais de 100 pessoas e a realização de cultos em igrejas e templos religiosos. São elas: Três Lagoas, Corumbá, Campo Grande, Sidrolândia, Antônio João, Bonito, Coronel Sapucaia, Douradina, Eldorado, Figueirão, Juti, Miranda, Selvíria, Sete Quedas, São Gabriel do Oeste, Terenos, Aquidauana, Paranaíba, Coxim, Caarapó, Chapadão Do Sul, Bela Vista, Itaporã, Anastácio, Ribas do Rio Pardo, Jardim, Ladário, Ivinhema, Bataguassu, , Itaquiraí, Nova Alvorada do Sul, Costa Rica, Rio Verde de Mato Grosso, Sonora, Fátima do Sul, Mundo Novo, Porto Murtinho, , Água Clara, Nioaque, Deodápolis, Tacuru, Dois Irmãos do Buriti, Batayporã, Angélica, Guia Lopes da Laguna, Anaurilândia, Bodoquena, Santa Rita do Pardo, Pedro Gomes, Jaraguari, Bandeirantes, Corguinho, Paraíso das Águas, , Alcinópolis, Jateí, Novo Horizonte do Sul, Taquarussu e Figueirão.

Outros 14 municípios não reduziram as jornadas para os servidores públicos ou não dispõe de informações suficientes para a população sobre a necessidade de se manter em casa. São eles: Maracaju, Nova Andradina, Amambai, Rio Brilhante, Paranhos, Camapuã, Brasilândia, Glória de Dourados, Japorã, Inocência, Laguna Carapã, Caracol, Vicentina e Rio Negro.

Isolamento domiciliar

Países como a Itália, que sofrem com a falta de leitos por terem adotado tarde demais o isolamento domiciliar, já estão com as medidas restritivas à população há 13 dias. O isolamento vai se estender até o dia 5 de abril.

O recomendou, na sexta-feira passada, atitudes a serem adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, que reduzem o contágio pelo coronavírus. O Ministério da Saúde recomenda a redução do contato social o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado.

As medidas gerais válidas em todo o Brasil incluem o reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), o isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias. Os casos confirmados saíram de 428 para 621 entre a quarta e quinta-feira desta semana no país.

A transmissão comunitária (quando as autoridades não identificam mais a cadeia de infecção ou esta já possui cinco gerações) foi identificada no estado de São Paulo, no estado do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santa Catarina, e Porto Alegre. Essa é a modalidade mais preocupante, pois ela implica em uma disseminação maior e menos controlada do vírus.

Com isso, o ministro da Saúde afirmou que o papel dos cidadãos ganha importância nas medidas de prevenção, como higienização, e de contenção, como o isolamento. Isso porque a preocupação é com a sobrecarga do sistema de saúde. “Quando está gripado, precisa fazer isolamento domiciliar. Está com sintoma, isolamento domiciliar. Não é para descer para o play, fazer uma festinha”, aconselhou.

A orientação é que idosos só saiam de casa para atividades fundamentais, como ir à farmácia ou comparar alimentos.