Nova estiagem deixa região do Pantanal em alerta e focos voltam a aparecer
A região pantaneira mal conseguiu respirar aliviada e já está em alerta para novos focos de calor, em Mato Grosso do Sul. Tudo isso por conta de mais um período de estiagem, sendo que as temperaturas podem chegar a 41°C, sem expectativa de chuva até 13 de setembro. Entre os dias 21 e 23 de […]
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A região pantaneira mal conseguiu respirar aliviada e já está em alerta para novos focos de calor, em Mato Grosso do Sul. Tudo isso por conta de mais um período de estiagem, sendo que as temperaturas podem chegar a 41°C, sem expectativa de chuva até 13 de setembro. Entre os dias 21 e 23 de agosto, não houveram novos focos de calor, mas desde o último dia 24 eles voltaram a aparecer, somando até o momento, 74.
Em transmissão ao vivo pelo Facebook, a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Corpo de Bombeiros e Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), fizeram um balando das ações no Pantanal e um alerta à população. Isso porque, consequentemente com as queimadas, vem a baixa umidade relativa do ar, por causa do tempo seco. “Não coloquem fogo em nada”, destacou o secretário da Semagro Jaime Verruck.
Durante a transmissão, a coordenadora do Cemtec, Franciane Rodrigues, afirmou que o período é crítico. “Nós não temos expectativa de chuva, ou seja, essa massa de ar seco, um sistema de bloqueio atmosférico, que impede a formação de nuvens, eleva as temperaturas e reduz a umidade relativa do ar drasticamente. A região pantaneira pode chegar a temperaturas de 41°C, condição critica, porque é um tempo bastante seco”, explicou.
Notícia nada boa para quem está atuando na linha de frente no combate ao incêndio no Pantanal. Tenente do Corpo de Bombeiros, coronel Moreira, afirmou que essa semana, durante três dias, novos focos não foram registrados. No entanto, nesta sexta-feira (28), já foram 74 e as altas temperaturas contribuem com esse aumento. “Mesmo sendo, na maior parte, de ação humana, as altas temperaturas e o vento, contribuem para a propagação desse fogo”, informou o tenente.
Nos locais onde focos foram extintos, militares ainda fazem trabalho de rescaldo e monitoramento da área. Em MS a situação não é tão crítica neste momento se comparado a Mato Grosso. “Em Poconé não choveu e os focos estão lá”, afirmou o tenente.
Moreira também destacou que somente em agosto foram registrados 4.366 focos. “Estamos em 4º colocado em número de focos de calor e isso é muito preocupante”, frisou. Entre as áreas indígenas, a Kadiwéu em Porto Murtinho – terra indígena que possui área em parte do bioma Pantanal e parte do bioma Cerrado -, tem mais focos de calor entre as áreas indígenas do país .
Até o momento, 778 mil hectares do Pantanal de MT e 980 mil do Pantanal sul-mato-grossense foram destruídos, um total de 1,763 milhão de hectares, desde janeiro.
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