A recomendação é de ficar em casa e manter os estabelecimentos fechados em Campo Grande. Entretanto, alguns comércios têm mantido das portas abertas mesmo durante a quarentena no bairro Itamaracá. Os comerciantes afirmam que não têm outra fonte de renda e que fechar as portas de vez não é uma opção. 

Sócio de uma borracharia, um dos comerciantes não quis se identificar, mas ressalta que concorda com o decreto com a quarentena. Porém, acredita que não corre riscos, já que uma borracharia não seria um local propício para a aglomeração de pessoas. 

“Aqui na borracharia não tem aglomeração. Eu voltei a abrir hoje, é a minha única fonte de renda, preciso sustentar minha mulher e meus dois filhos”, explica. 

Dono de um bar, José Antônio tem 74 anos e também concorda com a restrição imposta pela quarentena. Ele explica que também não pode ficar parado, pois teme passar até fome. “Eu abro porque vivo disso. Se fechar, morro de fome”, diz. 

José explica que impõe regras aos clientes, o bar fica aberto só até as 17h30. Se houver aglomeração, os consumidores são orientados a ir para casa. “Se tiver aglomeração, eu fecho na hora”, ressalta.

Em uma oficina no Itamaracá, o atendimento era feito nesta manhã, mas a portas fechadas. O dono do estabelecimento, Flávio Resende explica que atende por telefone. Desta forma, o cliente deve explicar o que quer, deixa o carro na oficina e vai para casa. “Eu atendo só se vir e deixar o carro aqui, tem que ir embora. Em seguida, fecho a porta e trabalho fechado na oficina”. Flávio afirma que o movimento caiu 80% durante a quarentena, mas explica que também não tem a opção de parar de trabalhar.