A pandemia do novo () têm gerado diversas discussões e reflexões em todas as áreas humanas. A grande procura pelo Auxílio Emergencial do , falta de recursos para a Saúde, aumento de gestos solidários, entre muitos outros.

Neste feriado, 1º de maio (Dia do Trabalhador), Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo de , refletiu sobre esse momento atual que está acontecendo no mundo todo. “Estamos vivendo um dos momentos mais dramáticos da nossa história recente. De repente, milhares de vítimas em todo mundo e também aqui no Brasil. (…) por traz de cada vítima existe uma família que sofre a dor da perda”, diz.

Segundo o Arcebispo, o mundo parou e as pessoas, assim como empresas, estão sentindo medo e insegurança. “A pandemia trouxe um rosto perverso da realidade quando mais de 40 milhões de pessoas procuraram o Auxílio Emergencial. Ou seja, existe uma massa enorme que se vira, que trabalham como podem para buscar o próprio sustento e que passam desapercebidos”, lamenta.

Dom Dimas lembra de atitudes positivas, gestos bonitos e redes de solidariedade nesse período. “Nós temos visto redes mais amplas, envolvendo grandes empresas, bancos, doando milhões, bilhões (…) temos visto esforço grande de autoridades e tudo é louvável”, afirma.

Contudo, ele pede que todos façam uma reflexão sobre o SUS (Sistema Único de Saúde). “Filas sempre existiram. Agora exacerbado, porque o vírus ataca por todos os lados. As filas são fatos conhecidos. Mesmo antes da pandemia faltavam recursos, assim como já faltavam leitos em hospitais e pessoas aguardando meses para cirurgia e exames”, relembra.

Em meio à tudo isso, Dom Dimas deixa a pergunta no ar: por que só agora apareceram esses bilhões para a Saúde? E com isso, tira algumas lições dessa crise tão atual. “Primeiro, a necessidade de uma inversão nas prioridades das politicas publicas. A prioridade número um é a defesa e promoção da vida, dignidade da pessoa humana, atenção aos mais vulneráveis”, pontua.

Para o Arcebispo, todas essas iniciativas devem se tornar permanentes e continuar. “Pois sem o direito à vida, todos os outros deixam de existir”, destaca por final.