Na luta para salvar centenárias, Campo Grande tem uma árvore para cada 3 moradores

A cidade de Campo Grande ocupa uma das vagas de cidade mais arborizadas no Brasil. Com 228.830 árvores plantadas nas vias urbanas da Capital, conforme imagem de satélite de 2016, a cidade conta com uma população estimada em 906.092 pessoas, segundo último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas),  assim é possível calcular […]

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A cidade de Campo Grande ocupa uma das vagas de cidade mais arborizadas no Brasil. Com 228.830 árvores plantadas nas vias urbanas da Capital, conforme imagem de satélite de 2016, a cidade conta com uma população estimada em 906.092 pessoas, segundo último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas),  assim é possível calcular que para cada 3 habitantes há uma árvore plantada.

No setor do Aero Rancho, região norte, é encontrado o maior número de árvores (5.024), seguido dos setores Moreninha, Centro-Oeste, Universitário e Nova Lima. Porém, quando considerada a área em quilômetros quadrados, o Núcleo Industrial é o maior setor da área urbana de Campo Grande, com 24,26 Km2, segundo o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) da prefeitura municipal.

Para a especialista, outro diferencial da Capital é a arborização das áreas privadas e as áreas de conservação. Campo Grande possui parques protegidos dentro da cidade, com o caso do Parque dos Poderes e das Nações Indígenas.

Campo Grande é também reconhecida pelas suas imponentes árvores que estão prestes a se tornar centenárias e aquelas que já tem mais de 100 anos de idade. Para se manter nesse seleto grupo, a cidade precisa lidar com mortes de exemplares que há décadas moram por aqui.

Na luta para salvar centenárias, Campo Grande tem uma árvore para cada 3 moradores
(Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Nem sempre existe a consciência de preservação…

Instituto Histórico e Geográfico de MS se pronuncia sobre desmatamento no Parque dos Poderes
Parque dos Poderes (Foto Marcos Ermínio)

O governo pretendia retirar 3,3109 hectares para construir um novo prédio da Secretaria Estadual de Fazenda. Em uma ação com pedido de tutela de urgência, o acordão publicado em março ainda deste ano, no Diário da Justiça, mostrou que a maioria da 2ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) relatou o risco da destruição de corredores ecológicos e perda de habitat para a fauna e a flora e o MPE alertou para o agravamento dos danos ambientais na Capital, como o sumiço do lago do Parque das Nações Indígenas, um dos mais belos cartões postais da Cidade Morena, e o agravamento dos alagamentos na Via Parque, impedindo o governo de prosseguir com o desmatamento no Parque dos Poderes.

Um grupo de defesa do Parque dos Poderes chegou a protestar na capital, ação feita no calçadão da Barão, local onde há 14 anos, Francisco Anselmo de Barros, 65 anos, cometeu suicídio ateando fogo no corpo contra a instalação de usinas no Pantanal e defensor da preservação ambiental.

Praticamente uma vida para ser cuidada

Na luta para salvar centenárias, Campo Grande tem uma árvore para cada 3 moradores
Falsa-seringueira da praça do Rádio teve que ser retirada. (Imagem: Leonardo de França/ Jornal Midiamax)

Campo Grande perdeu duas árvores históricas nos últimos meses. A mais emblemática, a falsa-seringueira localizada na praça do Rádio, começou a ser retirada no início do mês por conta de uma necrose e infestação de cupins.

Inicialmente, as equipes da Semadur realizaram uma poda radical e otimistas que ela brotasse de forma mais sadia, mas o diagnóstico indicou péssimo estado fitossanitário, falta de vitalidade, risco de queda de partes, necrose no fuste (a parte principal do tronco da árvore, entre o solo e as primeiras ramificações) e ramos e infestação de cupins e fungos, principalmente nos ramos mais altos e espessos.

A pasta informou que cada árvore recebe o cuidado de acordo com a sua necessidade. Por exemplo, algumas recebem a dendrocirurgia, que é a retirada de tecidos necrosados para evitar sua morte.

Outra forma de intervenção comum e realizada na Capital é a aplicação do óleo de Neen, para combater fungos e bactérias, além da poda para a retirada dos galhos secos.

Sustentabilidade e arborização como protagonismo

Nos próximos dias 24 e 25 de setembro, será realizado o 2º Fórum de arborização para cidades sustentáveis, o evento é online, realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pela SBAU e outras instituições, com apoio do Governo do Estado, por intermédio do Imasul. Para mais informações acesse as redes sociais oficiais do evento: instagram.com/forumarborizacaoms.

Na programação da Semagro irá palestrar no 2º Fórum de Arborização no Estado de Mato Grosso do Sul com o seguinte tema Roteiro para Elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana. Esta palestra será proferida pelo Superintendente de Meio Ambiente e Turismo da Semagro, Sr. Pedro Mendes Neto e pela Gerente Executiva e Assessoramento, Srta. Andreliz Silva Souza.

Na luta para salvar centenárias, Campo Grande tem uma árvore para cada 3 moradores
Campo Grande é a única capital brasileira a integrar a lista Tree Cities of the World | Foto: Marcos Ermínio | Arquivo Midiamax

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