Com camisetas, cartazes e falas de ordem, um grupo de aproximadamente 50 mulheres se reuniram em frente ao Fórum de na tarde desta sexta-feira (28), para protestar contra maus-tratos que, segundo elas, seus maridos vêm sofrendo dentro do presídio da .

Uma das organizadoras, que pediu para não ser identificada, disse que as principais revindicações são em relação à alimentação, higiene, saúde e o modo que os detentos e suas famílias são tratadas pelos agentes penitenciários.

“A comida deles muitas vezes já chega aqui estragada, falta produtos de higiene pessoal e não trazer. Quando precisam de atendimento médico demora muito, tirando a forma como somos tratadas. Tem interno que está com e nem se quer recebeu atendimento médico”, disse.

Outra moradora que participa da manifestação disse que os presos das unidades em Campo Grande são tratados com indiferença e não têm nem serviço de saúde. “Eles estão sendo tratados como lixo. Só queremos o direito deles, o direito de alimentação, a saúde, a visitação. Cadê as medicações que estão dentro dos presídios?”, questionou a mulher.

Conforme as organizadoras, a manifestação pelos diretos dos institucionalizados acontece simultaneamente em mais seis estados. A reportagem entrou em contato com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e foi informada que as visitações aos internos estão suspensas para evitar a circulação do vírus e pontuou que esclareceu que não há falta de medicamentos para os presos.

“A penitenciária possui o sistema de visita virtual e é a unidade que mais revista realização dos encontros por vídeo conferência. São fornecidas, pelo menos, três refeições diárias, conforme cardápio definido pela nutricionista da empresa terceirizada responsável pelo fornecimento de alimentação, sendo tudo fiscalizado pela administração do presidio.
A unidade conta com atendimento médico e regular e fornecimento de medicamentos disponibilizados na rede SUS, não havendo registro de falta de medicamentos. Também é permitido que os familiares forneçam medicação.
A penitenciária da Gameleira tem sido referência de segurança e disciplina desde sua ativação, sem registro de fugas ou de apreensão de ilícitos como celulares e outros. Todos os trabalhos são fiscalizados pelo Ministério Público e Poder Judiciário, mas os familiares, caso tenham alguma reclamação ou denúncia, podem procurar a Ouvidoria da Agepen para formalizarem”, disse em nota.