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Cotidiano

MS recebe R$ 264 milhões para combater Covid-19, mas faltam materiais básicos no HRMS

Mato Grosso do Sul já recebeu R$ 264 milhões do governo federal para custear ações de combate ao coronavírus (Covid-19). Somado ao socorro da União aos estados, MS conseguiu chegar a R$ 2,9 bilhões em conta, o maior nível de disponibilidade de caixa bruto dos últimos 5 anos. Mesmo assim, o HRMS (Hospital Regional de […]
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já recebeu R$ 264 milhões do para custear ações de combate ao coronavírus (Covid-19). Somado ao socorro da União aos estados, MS conseguiu chegar a R$ 2,9 bilhões em conta, o maior nível de disponibilidade de caixa bruto dos últimos 5 anos. Mesmo assim, o HRMS ( de Mato Grosso do Sul) enfrenta falta de leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e até de materiais básicos como lona e água.

Conforme o sistema Localiza SUS, que concentra todos os repasses feitos aos estados para enfrentar a pandemia do coronavírus, Mato Grosso do Sul recebeu R$ 264 milhões para o combate à doença. Desse total, R$ 92 milhões são para assistência hospitalar e ambulatorial. Outros R$ 149 milhões são para ações de vigilância epidemiológica.

As transferências destinadas ao combate do coronavírus somadas ao socorro federal aos estados – que ultrapassou os R$ 740 milhões a MS – ajudaram o Estado a bater recorde de disponibilidade de caixa bruto – que é o dinheiro que sobra após os pagamentos previstos. De acordo com o Tesouro Nacional, MS tem cerca de R$ 2,9 bilhões na conta, o maior valor dos últimos cinco anos.

MS recebe R$ 264 milhões para combater Covid-19, mas faltam materiais básicos no HRMS

Falta de materiais e pedido de doação

Na tarde de quarta-feira (16), o hospital mantido pelo governo do estado, considerado referência para o tratamento do coronavírus pelo SUS (Sistema Único de Saúde), emitiu comunicado em seu site oficial pedindo doações de tecidos e água mineral para distribuir para os pacientes internados na unidade.

Apesar de já ter sido retirado do ar nesta sexta-feira (18), o pedido continua circulando pelas redes sociais, gerando compartilhamentos e preocupação.

O comunicado divulgado pelo hospital ressalta que durante a pandemia da Covid-19, o voluntariado e doações são fundamentais para que as equipes possam estar se prevenindo contra o ‘imprevisível’. “O hospital referência no enfrentamento ao novo coronavírus precisa do seu apoio”, diz a nota.

O local precisa com urgência da doação de tecido brim, para confecção de lençóis; napa, para ser usado em aventais; lona, para confecção de impermeáveis; e água mineral, para oferecer aos pacientes.

Além da falta de materiais, o HRMS está há um mês sem leitos UTI disponíveis, mesmo com duas ampliações feitas pelo governo, que não foram suficientes para acompanhar a demanda.

MS recebe R$ 264 milhões para combater Covid-19, mas faltam materiais básicos no HRMS

Questionada pela reportagem sobre os problemas enfrentados pelo hospital, a SES limitou-se a dizer que a falta de materiais “trata-se de notícia velha”, apesar do fato ter sido divulgado pelo hospital há dois dias. Ainda conforme nota da SES, “Houve um atraso pontual pelo fornecedor na entrega de produtos licitados. Não houve problemas de origem financeira”.

Em relação à falta de leitos, a SES diz que a situação se dá pelo fato de que “o Estado está passando por uma pandemia de Covid-19”. “A Secretaria de Estado de Saúde desde o início da pandemia não mediu esforços para abertura de novos leitos de UTI adquirindo equipamentos, contratando profissionais e repassando recursos, tanto que durante o primeiro pico da doença no Estado não faltaram leitos de UTI. Em março desse ano Mato Grosso do Sul possuía 515 leitos de UTI distribuídos em sete municípios de sete microrregiões do Estado. Atualmente, são 758 leitos de UTI distribuídos pelas onze microrregiões em quinze municípios”, informou.

Virou questão judicial

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) anunciou na quarta-feira (16) que iria ingressar com ação civil pública cobrando que o Estado e o município de providenciassem mais leitos UTI.

MS recebe R$ 264 milhões para combater Covid-19, mas faltam materiais básicos no HRMS
Boletim do HRMS indicando que existem pacientes na fila aguardando leito UTI.

Após a medida, a SES informou que irá custear 50% dos leitos UTI não habilitados pelo Ministério da Saúde nas cidades que solicitaram novos leitos. Ainda conforme a SES, os leitos UTI serão custeados mesmo que ultrapassem o valor diário de R$ 1,6 mil. Além disso, a secretaria irá reforçar pedido para ampliação de leitos UTI nos municípios junto ao Ministério da Saúde.

(Matéria editada para acréscimo de informações da Secretaria Estadual de Saúde) 

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