O número de óbitos decorrentes do novo coronavírus pode superar a marca de 105 vítimas até o próximo dia 30, quando o mês atual se encerra. É o que aponta a projeção da plataforma Covid-19 Analytics, um modelo de previsão matemático desenvolvido por um grupo de professores da PUC-Rio, que tem sido utilizada pelas autoridades sanitárias para prever o comportamento da no país.

As projeções de óbitos se baseiam na média de duas duas variáveis: a primeira, mais otimista, considera a manutenção do número mínimo efetivamente registrado, por exemplo: até o dia 30 de junho, pode não haver novas mortes e este número permanecer em 61. A segunda, mais pessimista, faz um cálculo matemático mais complexo e dá um número máximo.

Já nesta quinta-feira (25), a Analytics previa uma media de 58 óbitos por Covid-19. O número confirmado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), porém, foi de 61 óbitos, um número cerca de 5,1% maior que a projeção matemática, mas ainda dentro da margem de erro – o valor máximo admitido seria de 65 mortes (veja a tabela abaixo).

Com base na média, portanto, a marca de 60 óbitos só seria superada na sexta-feira (26), quando a previsão indica 61 óbitos. O máximo admito para a data seria de 71 mortes registradas – 10 nas últimas 24h.

Mais de 100 vítimas até o fim do mês

Com base nas projeções divulgadas nesta quinta-feira (25), o modelo prevê para o último dia deste mês um total de 75 mortes por Covid-19, considerando a base média. Porém, o número máximo admitido indica que até o dia 30 de junho pode haver registro de 105 vítimas fatais em Mato Grosso do Sul.

A projeção mais distante no Covid-19 Analytics é para daqui a 13 dias, em 8 de julho, quando há previsão média de 118 mortes no Estado – a projeção mais nefasta para a mesma data é de que 250 pacientes percam suas vidas.

Sem achatamento de curva

A plataforma Covid-19 Analytics não vislumbra achatamento de curva para as próximas semanas, mas a confirmação de crescimento exponencial:  em relação às confirmações de Covid-19 desta quinta a plataforma previa para 6.537 confirmações da doença, enquanto o boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde) trouxe 6.523 casos em números absolutos. Mas, para 30 de junho, a expectativa é que esse total atinja 8.296 confirmações – ou 9.304, na projeção mais pessimista.

Até o dia 8 de julho, a Covid-19 Analytics aponta que Mato Grosso do Sul já deve somar mais de 12,4 mil confirmações da doença, na média. O número pode variar, no entanto, de 8,8 mil casos ou ultrapassar 16 mil confirmações em 13 dias.

Dados epidemiológicos

O desta quinta-feira (25) trouxe a confirmação de 61 mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Foram 5 registros nas últimas 24h, de acordo com a SES, o mais recente foi de Vanessa Recalde Belisário, de 32, que morreu de Covid-19 na manhã de hoje, no Hospital da Vida, em Dourados.

A estatística já apresenta 41 mortes apenas no mês de junho, contra 11 em maio, 8 em abril e 1 em março. Por macrorregião, os óbitos ficam divididos da seguinte forma: 34 em Dourados, 12 em , 9 em Três Lagoas e 6 em Corumbá.

Em relação a microrregiões, 28 óbitos foram registrados em Dourados, 9 em Campo Grande, 7 em Três Lagoas e 6 em Corumbá. Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Ponta Porã têm registro de 2 óbitos, cada. Aquidauna tem um registro.

Por fim, por cidade de residência, a distribuição dos casos segue da seguinte forma: Dourados na lidenraça, com 16 registros 9que incluem uma morte ocorrida em Tocantins). Campo Grande com 8 registros e Corumbá com 6. Três Lagoas, Batayporã e Paranaíba têm 5 óbitos, cada. Itaporã e Ponta Porã possuem 3, cada.

Brasilândia, Guia Lopes da Laguna, Rio Brilhante e Vicentina (este, com um óbito ocorrido em SP) tem 2 registros, cada uma. Com apenas um óbito relatado, estão Anastácio, Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaquiraí, Navirai e Sidrolândia.