Depois de flagra de ônibus lotados devido à ampliação do acesso ao transporte coletivo para trabalhadores de diversas categorias em Campo Grande, o MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) cobrou medidas de prevenção ao novo coronavírus. O Ministério realizou uma reunião com representantes do Consórcio Guaicurus e do sindicato dos trabalhadores no Transporte Coletivo na quarta-feira (1º).

O objetivo da audiência foi a divulgação das diretrizes de recomendação editada pela pasta para o enfrentamento à doença, para trabalhadores, passageiros e empresas do transporte coletivo, em todo o Estado. Para o procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moras, houve preocupação por parte da empresa e do sindicato em cumprir as orientações para limitar ou retardar o contágio pelo novo coronavírus.

“Sem descuidar dos aspectos de natureza econômica e das garantias de que eventuais afastamentos de trabalhadores não irão afetar a manutenção do emprego e da renda”, destacou o procurador.

Ainda conforme o procurador, mesmo que o descumprimento gere consequências punitivas secundárias, nesse momento o objetivo é buscar a colaboração entre o órgão, o poder executivo, setor empresarial e trabalhadores.

A recomendação dá o prazo de 10 dias para que empresas de Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Três Lagoas e Corumbá, cumpram as medidas sanitárias propostas no documento como evitar a exposição dos trabalhadores no ambiente de trabalho, desenvolvendo um plano de contingência e/ou prevenção de infecções, limpeza diária e minuciosa nos veículos, com produtos que impeçam a propagação do vírus; higienização rápida das superfícies e pontos de contato com as mãos dos usuários, como roleta, bancos, balaústres, pega-mão, corrimão e apoios em geral, e dos equipamentos de pagamento eletrônico (máquinas de cartão de crédito e débito), após cada utilização.

Além de, sempre que possível, permitir os veículos circulando com janelas e alçapões de teto abertos para manter o ambiente arejado; flexibilizar os horários de início e fim da jornada, com vistas a evitar a utilização do transporte coletivo nos períodos de pico – das 6h às 9h e das 16h às 19h; fornecer equipamentos de proteção individual adequados aos riscos e em perfeito estado de conservação; limitar o número de passageiros transportados simultaneamente, observada a taxa de ocupação máxima determinada pelo órgão fiscalizador e/ou concedente, entre outras medidas.

Ônibus lotados em Campo Grande

Um leitor filmou um ônibus cheio na manhã de quarta-feira (1) na Rua da Divisão, em Campo Grande. O coletivo, linha 192, Aero Rancho e Região, sai com muitas pessoas do ponto de ônibus na região do Bairro Parati, em época de pandemia onde orientações são para que se evite aglomerações.

Os veículos têm sido visto cada vez mais cheios porque além dos profissionais da saúde, que inicialmente tinham sido autorizados a utilizar os coletivos, profissionais de outras categorias também têm pego ônibus. Na terça (31), ônibus voltaram a atender aqueles que atuam em serviços considerados essenciais: trabalhadores das farmácias, padarias, lojas de material de construção, construção civil, supermercados e postos de combustíveis. Na próxima semana, os pontos devem ficar ainda mais movimentados, com a liberação para reabertura dos comércios.