Moradores de assentamentos fazem um abaixo-assinado para se manifestarem contra a instalação de um aterro sanitário e industrial na região da MS-040, em . Segundo moradores, o novo lixão ficaria ao lado de 92 famílias de produtores rurais, que trabalham com apicultura, alimentos orgânicos, fruticultura artesanal e pecuária leiteira. 

A área é localizada na Fazenda Colorado e seria escolhida para o aterro, com capacidade de receber 320 toneladas de lixo por dia. Segundo moradores, a região é uma área da bacia do rio Guariroba, Lageadinho, Lageado e Córrego Botas, com área de natureza com fauna e flora preservada.

Além da natureza, a instalação do lixão deve refletir na rotina dos moradores dos assentamentos próximos, como o Bosque dos Lírios I e II e o assentamento Abelhinha. 

“A Escola Agrícola de Campo Grande, que ensina crianças do meio rural, fica na mesma rodovia. O aumento do fluxo de caminhões nessa estrada que não possui estrutura sequer de acostamento vai causar impacto negativo podendo gerar acidentes, contaminação e afetar a saúde das crianças, além de atrapalhar o trânsito de bairros, residenciais, chácaras, balneários e fazendas”, descreve o abaixo-assinado. O abaixo-assinado já tem mais de 900 assinaturas, confira.

Em nota, a Prefeitura de Campo Grande informou que não há qualquer autorização para instalação ou sequer houve a aprovação de qualquer local proposto. A Prefeitura explica que a empresa Solurb formalizou processo de licenciamento ambiental junto à Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana), em conformidade com o que a legislação determina.

“Importante frisar que, no entanto, qualquer decisão será deliberada mediante ampla análise do corpo técnico da prefeitura, após passar por diversas etapas como audiências públicas, comissão de controle ambiental e Conselho Municipal de Meio Ambiente, em um procedimento extremamente transparente e que oportuniza a ampla participação social, possibilitando assim as discussões e esclarecimentos a respeito do empreendimento, de forma participativa e democrática. Ainda não há data definida para a realização da audiência pública, cujo formato está sendo adaptado em razão da da , buscando atender as recomendações da organização mundial da saúde, ratificadas pelos decretos municipais, para não colocar em risco a saúde dos participantes nem contribuir para a proliferação do novo ”.