Nas últimas duas semanas, houve aumento de 116% de infectados de coronavírus em Mato Grosso do Sul, ou seja, atualmente o número de casos da doença é maior do que o dobro do início do mês. Enquanto isso, o índice de isolamento social caiu 19% no mesmo período.
Analisando os dados divulgados por boletins da SES (Secretaria de Estado de Saúde), é possível perceber um aumento de casos de acordo com a diminuição do isolamento social. Na última sexta-feira (17), houveram 12 novos casos confirmados de coronavírus, totalizando 143, e menos de 45% da população em quarentena. No dia 6 de abril, quando mais de 64% da população se manteve em casa, houve apenas um caso confirmado da doença no estado, no total eram 66 infectados.
Com apenas 38,4% dos cidadãos em casa, MS é o terceiro estado com pior isolamento social do Brasil. Porcentagem que resulta em incidência de 47 casos de coronavírus a cada um milhão de habitantes, dois casos a mais que Goiás, onde a taxa de isolamento é de 52,7%.
Goiás é o segundo estado onde a população mais respeita a quarentena, consequentemente o índice de casos a cada milhão de habitantes é de 45, um dos menores na região Centro-Oeste. Os dados de incidência são do boletim epidemiológico de coronavírus publicado pelo Ministério da Saúde, na sexta-feira (17), e o índice de isolamento são do último levantamento realizado pela In Loco.
Poucos permanecem em quarentena
Nos últimos 11 dias, cerca de 19% dos sul-mato-grossenses flexibilizaram a quarentena. A taxa de distanciamento social caiu de 64% em 6 de abril para 44% no dia 17 do mesmo mês.
Segundo a SES, o nível de isolamento social para melhor prevenção do coronavírus é de pelo menos 70%. Apenas uma cidade de MS se mantém com o índice recomendado, Ladário atingiu 73% da população em quarentena, no último levantamento realizado pelo estado.
Em pronunciamento, o governador Reinaldo Azambuja afirmou que caso a população não crie consciência de forma rápida sobre a gravidade da situação e se mantenham em quarentena, é possível que o estado adote medidas drásticas, como o bloqueio total da mobilidade. “A medida extrema vem se não tiver a consciência da sociedade. Podemos ir sim para uma medida extrema, para decretar isso. Nós todos temos que ser conscientes”.
