O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), deve se reunir com ministros de alguns países da América do Sul para discutir os cuidados com o novo coronavírus ainda nesta semana. A reunião, que está marcada para quarta-feira (19) será realizada em Assunção, no Paraguai. O ministro ainda pontuou a preocupação com Mato Grosso do Sul, que tem quilômetros de fronteira seca com o país vizinho.

O ministro esteve em Campo Grande nesta segunda (17) para a assinatura do termo de serviço para a implantação do projeto Wolbachia e para a entrega de equipamentos a municípios de MS. Ele afirma que a reunião sobre o coronavírus contará com a presença de ministros do Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia e Chile.

“A nossa fronteira é de trânsito de pessoas e mercadorias. Vamos dialogar para que cada país faça a vigilância e vamos nos informar o mais cedo possível sobre as eventuais situações problema”, disse.

Mandetta ainda pontua atenção especial com estados que têm fronteira seca com os países vizinhos, como Mato Grosso do Sul. “Algumas fronteiras são mais clássicas, com ponte, então tem uma barreira que é o rio. Outras são mais complexas, como é o caso do MS, temos a extensão de fronteira seca. A preocupação é sobre como a gente vai dialogar”, ressaltou.

Carnaval e transmissão de doenças

O ministro frisa que é preciso calma mesmo com a chegada do Carnaval, que favorece a formação de aglomerações e há ainda inúmeros navios na costa brasileira. Vale lembrar que um navio com dois casos suspeitos de coronavírus atracou no Porto de Santos, em São Paulo.  A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, no entanto, que “até o momento, não há nenhum motivo para preocupação”.

“E se os turistas vierem com esta e outras doenças? É uma preocupação? É, mas também é uma festa popular. Vamos nos preparar e contar com os meios de comunicação para a gente passar por essa até ter uma vacina, que é o método mais apropriado para lidar com vírus”.

Ainda não há vacina contra o coronavírus, mas o Ministro chamou a atenção para a vacinação contra outras doenças, como é o caso do sarampo. Mandetta afirma que os índices de cobertura vacinal tem diminuído e que o retorno do sarampo é iminente. “Há uma baixa adesão [da vacinação] e vejo com tristeza em nome das crianças, é um direito que está no estatuto da criança e do adolescente”, disse ao chamar atenção para um caso de morte por sarampo em uma criança no Rio de Janeiro.