Três indígenas que já tinham outras comorbidades morreram nesta terça-feira (21) com suspeita de coronavírus (Covid-19) em , município distante 135 quilômetros de Campo Grande. A Secretaria Municipal de Saúde disse que já foram coletadas amostras, mas ainda aguarda resultado do exame feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul.

As vítimas residiam nas aldeias na região do distrito de Taunay. Paulo Francisco e Wilson Francisco moravam na aldeia Bananal e Loide Basílio era residente na aldeia Ipegue. Wilson faleceu em casa e os demais estavam internados no Hospital Regional de Aquidauana. Segundo Cláudia Franco Fernandes Souza, secretária de municipal de Saúde, o resultado dos exames deve sair nesta quarta-feira (22).

Ao todo, já são cinco mortes de indígenas, mas apenas duas confirmadas. “Na semana passada foram dois óbitos confirmados com coronavírus, com mais estes três que estão em investigação”, explicou. Ao Midiamax, moradores reclamaram de problemas no atendimento médico nas aldeias e alegaram que estão se sentindo abandonados.

Cláudia explicou que, no que cabe ao município, medidas têm sido adotadas, como fornecimento de equipamentos de higiene e auxílio na criança das barreiras sanitárias indígenas. A responsabilidade é dividida com a (Secretaria Especial de Saúde ). “A gente deu suporte com EPI's, luva, avental, máscaras de proteção, máscaras de tecido, luvas, borrifadores, termômetro infravermelho e até um borrifador químico”, pontuou.

Conforme já noticiado pelo Midiamax, caciques das aldeias Bananal e Água Branca testaram positivo para coronavírus e precisaram ser internados no Hospital Regional de Aquidauana. Os líderes das comunidades indígenas apresentaram sintomas da doença após evento do Governo do Estado na região, que causou aglomeração. Em nota, a prefeitura informou que ampliará o suporte de saúde aos indígenas.

“Nas aldeias o vírus tem avançado rapidamente e o trabalho das nossas equipes de saúde está intenso tanto na cidade, quanto nas aldeias. Eles trabalham 24 horas por dia. Ampliamos as testagens da população na cidade e vamos ampliar nas aldeias. A Sesai é responsável pela saúde indígena, mas estão em situação caótica para atenderem sozinhos todas as aldeias com uma equipe pequena”, afirmou o prefeito Odilon Ribeiro.