Maior parte das UTIs de Campo Grande está ocupada com vítimas de violência 

Com o avanço do coronavírus e aumento dos casos da doença em Campo Grande, o número de leitos disponíveis é uma preocupação para enfrentamento da pandemia. Apesar ter o índice de lotação dos leitos em 85%, apenas 40% das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) estão ocupadas com vítimas de coronavírus. Ou seja, mais da metade […]

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Com o avanço do coronavírus e aumento dos casos da doença em Campo Grande, o número de leitos disponíveis é uma preocupação para enfrentamento da pandemia. Apesar ter o índice de lotação dos leitos em 85%, apenas 40% das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) estão ocupadas com vítimas de coronavírus. Ou seja, mais da metade dos internados em leitos da Capital são vítimas de outros tipos de violência.

Os dados foram expostos nesta quarta-feira (29), pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), durante transmissão ao vivo nas redes sociais. “Se o grande problema do coronavírus são os leitos de UTI e o número de coronavírus está crescendo em pessoas que precisam leitos de UTI, nós temos que ter leitos de UTI”, contextualizou.

Entretanto, destacou que o que “acontece é que de cada 100 leitos de UTI da nossa cidade, somente 40% é ocupado com quem está com Covid-19”. Então, em Campo Grande apenas 40% das internações em leitos são de pessoas infectadas por coronavírus.

Sobre os 60% das outras internações, o prefeito explicou que 37% são de traumas ou violências e 23% são de causas naturais – derrames, problemas cardíacos, e outros. Durante a live, afirmou que a Prefeitura Municipal tentará diminuir o número de acidentes de trânsito e outras violências na cidade. Isto porque não é possível evitar as internações por causas naturais.

“O certo até agora é que a gente precisa ter um movimento para diminuir acidentes de trânsito, circulação de motocicletas, violências domésticas e ferimentos de armas brancas ou armas de fogo”.

Violência ocupam os leitos da Capital

Na segunda-feira (27), a Santa Casa anunciou que atingiu 100% de ocupação dos leitos. De acordo com o hospital, a superlotação aconteceu por causa das vítimas de violência.

Uma semana antes, a Santa Casa havia inaugurado 10 novos leitos de UTI para melhorar o quadro de atendimento a pacientes infectados por coronavírus. O superintendente do hospital, Luiz Kanamura, explicou que atualmente 99% dos pacientes da Santa Casa de Campo Grande são pacientes ‘não-Covid’.

“Nesse mês houve um aumento progressivo de pacientes politraumatizados. Comparado a julho de 2019, houve um aumento de 115 pessoas encaminhadas. Somente neste final de semana foram encaminhados 229 pacientes. Desse número, 38% representa pacientes politraumatizados”, explicou.

 

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