A pandemia continua e o número de novos casos de coronavírus aumenta a cada dia em Campo Grande. Porém, passageiros de ônibus apontam que a pandemia parece nunca ter existido no transporte coletivo da Capital. Trabalhadores que precisam do transporte para chegar ao serviço enfrentam ônibus cheios, mesmo com a capacidade limitada em 70% da lotação.
A manhã não foi nada fácil para o vistoriador veicular Alisson Felipe de Lima, de 23 anos. Ele conta que sempre pega a linha 503 (Iracy Coelho/T. Morenão) no bairro às 6h08, porém o ônibus não passou. Ele só conseguiu entrar no ônibus às 6h30 e chegou atrasado no terminal.
“Cheguei atrasado e ainda tinha umas 200 pessoas na fila para pegar o 070 (T. Bandeirantes/T. General Osório)”, afirma. O trabalhador conta que passaram dois ônibus da linha 070, que ele não conseguiu entrar. Só foi possível embarcar no terceiro ônibus. Quando entrou no veículo, ele percebeu que estava lotado.
Alisson acredita que deveriam colocar mais ônibus nas ruas, para evitar a aglomeração. Ele conta que do jeito que o veículo estava nesta manhã, não era possível manter o distanciamento.
Alisson já foi infectado pelo coronavírus e diz que tem medo de uma reinfecção. “Morro de medo de ser infectado novamente, porém não tenho opção, infelizmente não tenho condições financeiras de ter meu próprio veículo. Por isso dependo do transporte público, para ir trabalhar”, relata.
O Jornal Midiamax entrou em contato com o Consórcio Guaicurus e deixa espaço para posicionamento.
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