O sistema de saúde de corre o risco entrar em colapso nos próximos 15 dias. O alerta é da superintendente-geral de Atenção à Saúde da SES (Secretaria Estadual de Saúde),  médica infectologista Mariana Croda,  leva em consideração o cenário atual da na cidade e a capacidade do atendimento e o avanço da doença.

“Dourados é referência para 33 municípios. Só na microrregião existem 11 municípios em que mais de 60% deles têm alta incidência da doença e não possuem leitos de Uti. Então Dourados, se mantiver o mesmo ritmo de crescimento da doença, o número de óbitos e a necessidade de leitos de UTI da região, em cerca de 15 dias não terá nenhuma capacidade, tando de diagnóstico como de internação”, avalia durante entrevista a Rádio Cidade FM 101.

Ao ser questionada se o momento seria de necessidade de adoção do  lockdown, Mariana Croda explicou que, o  que se leva em conta para essa medida extrema são fatores como a incidência da doença, a capacidade de serviços de saúde, de profissionais e diagnóstico. “O que a gente vive em Dourados hoje são lotados, pessoas indo a óbito sem conseguir acessar o leito, porque morrem na emergência, já que tivemos casos de pessoas da microregião que morreram em casa”.

No entendimento da infectologista, não está o sistema local não está conseguindo avaliar se esse paciente da forma adequada em casa somente com monitoramento. Além disso segundo ela, o que chama a atenção “ é o alto nível de profissionais de Saúde infectados, ou seja, as equipes de Saúde estão desfalcadas. Então, mesmo que se tenha leitos, existe o risco de não ter equipe”, comenta a médica.

Mariana também pondera que “outro ponto primordial é que mesmo que o município decrete um lockdown hoje, ela só irá conseguir achatar a curva, ou seja, diminuir a velocidade do crescimento casos, daqui 15 dias porque o período de incubação da doença é de 14 dias”, ressalta.

A infectologista afirma que diante do cenário atual, Dourados já reúne todos os critérios para determinar o lockdown. “O Município precisa olhar para a taxa de ocupação de leitos que não é só dos munícipes de Dourados, mas o fato de atender os 33 municípios”.

Na avaliação de Mariana Croda, quem pode decidir sobre a decretação dessa medida que é considerada extrema é o próprio município. “Dentro do Sistema Único de Saúde existe o princípio da regionalização e hieraquização. Dourados é gestão plena, é sede da macrorregião e tem a autonomia para essa tomada de decisão”, afirma, ressaltando que “todas as medidas que fogem da gestão municipal já caracteriza uma intervenção, seja da Justiça, seja do Estado ou do ”.