O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vai investigar o que poderia ter dado origem aos entulhos que cobriram parte do Rio Miranda neste final de semana. O diretor-presidente do órgão, André Borges e fiscais viajaram até a cidade de Miranda, a 207 quilômetros de Campo Grande.

O Imasul também recorrerá ao uso de imagens que foram feitas por meio de satélite nos últimos dias, a fim de comparar a geografia da região no período entre chuvas para identificar eventuais alterações na paisagem.

A princípio, a suspeita por parte do instituto é que a intensidade das chuvas possa ter sido responsável por arrancar a vegetação nativa das margens do rio. Uma hipótese que está sendo trabalhada é referente as queimadas que ocorreram no Pantanal. Desconfia-se que o material que resistiu ao fogo tenha sido levado pela enxurrada.

“Delimitamos uma área e vamos fazer sobrevoo com drones para investigar se houve algum desmatamento irregular, mas de antemão nosso entendimento é que esse material tenha sido arrancado das margens pelas fortes chuvas”, disse Borges.

Paisagem assustou moradores

Neste final de semana o Rio Miranda perdeu a paisagem natural e ficou coberto por madeiras, entulhos e a água estava repleta de barro. O acontecimento repentino assustou moradores do município e interrompeu o fluxo fluvial do trecho.

A situação afeta diretamente a comunidade de Miranda, pois muitas famílias que vivem às margens do rio são afetadas em sua fonte de subsistência. Segundo especialistas, a degradação do rio pode ter sido causada pelos desmatamentos nas regiões de Bonito, Bodoquena, Nioaque e outras localidades próximas.