Há sete anos iniciava o ápice da jornada de protestos pelas ruas do País. O dia 20 de junho de 2013 está na história do Brasil como a data em que cerca de 2 milhões de pessoas saíram às ruas para exigir mudanças. Em Campo Grande, o 1º ato chamado “Vem pra Rua” levou 30 mil para a Afonso Pena em protestos que se repetiram em várias datas até julho.
Temas como aumento da passagem do ônibus, corrupção, segurança pública, verbas para saúde e até gastos da Copa do Mundo foram entoados em meio a coros patrióticos e ao Hino Nacional.
Em algumas cidades houve conflito com a Polícia Militar e atos de vandalismo, já por aqui, alguns mais exaltados, foram à casa de políticos na época para bradar palavras de ordem ou mesmo para exclamar a vontade de que se retirassem de seus cargos.
Outro fato que chamou a atenção foi a maciça participação de jovens. Pessoas com idades entre 20 e 30 anos foram maioria na multidão. Crianças e idosos também participaram dos atos, que em nossa Capital foram pacíficos.
Copa do Mundo
Com o maior evento de futebol marcado para ser realizado no ano seguinte no país, os protestos não deixaram de fora os gastos com a Copa do Mundo, que consumiu R$ 25,5 bilhões de dinheiro público.
Muitos cartazes exibidos pelos manifestantes criticavam o uso dos recursos para o evento, enquanto faltavam verbas para a saúde, educação e segurança, por exemplo.
Conquistas
Em resposta aos manifestantes, o governo brasileiro anunciou uma série de medidas para atender às reivindicações. O Congresso Nacional votou diversas pautas chamadas de “agenda positiva”, entre elas tornar corrupção crime hediondo.
Outro pedido atendido foi o arquivamento da PEC 37, que retiraria o poder de investigação do Ministério Público. Também ficou proibido o voto secreto em votações para cassar mandato de legisladores acusados de irregularidades.
Em várias cidades do país, houve revogação dos aumentos anunciados na tarifa do transporte coletivo.
Histórico
O início do movimento conhecido como “Manifestações dos 20 centavos” foi em 6 de junho com as ações do Movimento Passe Livre em São Paulo (MPL-SP) contra o aumento da tarifa do transporte público anunciado em R$ 0,20. A jornada de protestos cresceu e se espalhou pelo país após a violenta repressão policial contra os manifestantes na capital paulista no dia 13, tendo seu ápice no dia 20 daquele ano.
Conforme os registros, os quase 2 milhões de brasileiros que saíram às ruas naquela data havia sido, até então, a segunda maior manifestação já vista no Brasil, ficando atrás apenas das “Diretas Já”, em que reuniu mais de 2,5 milhões de pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro pedindo eleições presidenciais diretas.
