Com o grande número de casos de escorpiões dentro das casas e quintais, algumas dicas populares acabam se propagando pelas redes sociais, como por exemplo o uso de galinhas para controle dessas infestações. Mesmo sendo predadores naturais desses aracnídeos, essas aves podem gerar novos problemas para quem resolve criá-las em casa. 

Galinhas atacam escorpiões, mas podem virar problema para moradores
Foto: Reprodução/ Internet.

Outros predadores de escorpiões são macacos, quatis, corujas, sapos e até mesmo lagartos. Mas o animal que está se tornando viral em recomendações na internet são as galinhas.

Segundo a pesquisadora de escorpiões do gênero Tityus  — que mais causam acidentes — Mila Fernandes, já é possível ver o uso dessas aves nos ambientes urbanos, mas essa prática pode ser prejudicial à saúde do homem. “Deve-se ter cuidado, pois podem trazer riscos de contaminações de algumas doenças”, alerta. 

Além do apontamento da pesquisadora, o artigo 70 da Lei Complementar nº 148 de 2009 (município de Campo Grande) proíbe a criação de qualquer animal da espécie galinácea em zona urbana de Campo Grande. Independente da quantidade, pessoas que possuem esse tipo de animal no quintal estão sujeitas à notificação e apreensão dos bichos. 

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) faz visitas técnicas em locais que foram denunciados e dão orientações aos proprietários da residência. As denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone (67) 3313 – 5000, de segunda à sexta-feira.

Mas afinal, como lidar com os escorpiões?

A pesquisadora Mila Fernandes ressalta que o método mais eficaz e recomendado para prevenção de escorpiões é a limpeza e manutenção da própria casa. “Para diminuir o risco de acidentes, tanto para animais domésticos e para as pessoas, devem sempre manter os quintais e jardins limpos, sem entulhos ou acúmulos de folhas”, explica.

Para maior segurança de quem realiza a limpeza da casa, Mila recomenda que “sempre usem luvas grossas e sapatos fechados”. Além disso a pesquisadora também relembra medidas já conhecidas pela população, como “manter os ralos vedados, os ambientes domésticos limpos para diminuir a disponibilidade de alimentos e esconderijos para esse aracnídeo”.