‘Focos’ de contaminação do coronavírus, reuniões no Dia das Mães preocupam autoridades
O Dia das Mães, que será celebrado no próximo dia 10, já desperta preocupação de autoridades em MS. Isso porque visitas e festas familiares ganharam uma nova dimensão entre as formas de contaminação da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Há temor de que famílias quebrem o isolamento social para visitar as mães – muitas vezes, […]
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O Dia das Mães, que será celebrado no próximo dia 10, já desperta preocupação de autoridades em MS. Isso porque visitas e festas familiares ganharam uma nova dimensão entre as formas de contaminação da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.
Há temor de que famílias quebrem o isolamento social para visitar as mães – muitas vezes, em outras cidades – e, com isso, acabem ocasionando contaminações. Afinal, o fluxo humano é o principal fator para o avanço da doença. É daí que vem o “fique em casa”.
O exemplo mais recente disso ocorreu em Brasilândia, a 284 km de Campo Grande, que estreou nas estatísticas do novo coronavírus em MS há dois dias, após a realização de uma festa de aniversário no último dia 1º. O resultado foi uma idosa de 70 anos infectada com a Covid-19 e mais 22 membros da mesma família em investigação – até o boletim da última quinta (7), foram 7 confirmações em 48 horas, dentre os quais estão duas idosas, uma de 79 anos.
O caso de Brasilândia chama atenção, já que em uma única festa na cidade colocou o município no segundo lugar quando os números são tabulados para cada 100 mil habitantes, o que permite comparação entre municípios de diferentes níveis populacionais.
Com 23 casos confirmados de Covid-19 em apenas um dia, conforme o boletim da quinta-feira, o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, manifestou preocupação com o Dia das Mães, já que muitos dos novos diagnósticos são oriundos de encontros familiares.
“Inclusive de pessoas que têm residência em outros estados. Precisarmos estar vigilantes a todo momento, porque hoje os dados já mostram acréscimo significativo no número de casos. Se isso se mantiver, nos próximos dias podemos entrar no mesmo padrão que a doença apresenta em outros estados”, declarou.
A secretária adjunta da SES, Christine Maymone, reforçou o alerta. “O presente que podemos dar [nesse Dia das Mães] às pessoas por quem temos afeto é a distância delas. É permanecer em casa. É o uso da máscara”, comentou.
Soluções criativas
Não há dúvidas que o contato pessoal, o peso do abraço e o sabor da comida do almoço de domingo mais tradicional do país são impagáveis. Por isso, as circunstâncias da pandemia devem colocar sul-mato-grossenses numa espécie de dilema: quebrar ou não quebrar o isolamento?
As autoridades em saúde, médicos e enfermeiros são unanimidade e apelam para que as famílias não saiam de casa, mesmo que a quarentena esteja sendo cumprida por todos. Basta um descuido e um membro da família assintomático pode ocasionar uma tragédia, inclusive com óbitos.
A essa altura da pandemia, videochamadas, portanto, se tornaram a solução mais comum para matar a saudade e não fazer a data passar em branco, pelo menos a quem está geograficamente muito longe. As passadinhas de carro em frente à casa da mãe, sem contato social, são bem menos ofensivas que um almoço juntos, embora também não sejam recomendados. Toda saída é uma exposição. Clique AQUI para conferir as sugestões do Jornal Midiamax, inclusive uma lista com presentes inusitados que podem fazer a diferença neste Dia das Mães.
A regra, portanto, é ficar em casa e aproveitar o tempo para pensar nas soluções criativas que quarentena e isolamento para fazer a saudade sumir, por mais que o toque de um abraço ou beijo sobre a pele sejam incomparável com uma ligação telefônica.
“O peso da nossa máscara é muito menor que o peso de um ventilador pulmonar. A cama da nossa casa, certamente, é muito mais confortável do que um leito de UTI. O ambiente da UTI é muito mais hostil que o ambiente da nossa residência, mesmo que seja a casa mais simples. Se vocês querem nos ajudar, de fato, ficar em casa e manter o isolamento social é o melhor remédio”, conclui Resende.
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