Fábricas demitem mais 800 metalúrgicos em 3 cidades e outras reduzem salários

Depois da fábrica Metalfrio anunciar a demissão de 500 trabalhadores em Três Lagoas, mais de 800 operários perderam seus postos de trabalho no setor metalúrgico nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Aparecida do Taboado. Para sindicato dos trabalhadores, o cenário tende a piorar nos próximos meses. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas […]

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Depois da fábrica Metalfrio anunciar a demissão de 500 trabalhadores em Três Lagoas, mais de 800 operários perderam seus postos de trabalho no setor metalúrgico nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Aparecida do Taboado. Para sindicato dos trabalhadores, o cenário tende a piorar nos próximos meses.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Mato Grosso do Sul, Robson Freitas afirma que além dessas demissões, no Núcleo Industrial de Campo Grande pelo menos duas indústrias decidiram por suspender ou reduzir carga horária e salário de trabalhadores.

A Soprano e outra empresa instalada no núcleo optaram por essas medidas, possibilitadas através de Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro, assinada no início da pandemia e quarentena no Brasil, em março.

De acordo com Robson, um balanço de quantos trabalhadores foram impactados financeiramente com redução de jornada ainda não é possível porque as empresas estão desobrigadas de notificar os sindicatos da classe trabalhadora. “Agora como vamos garantir a estabilidade dos empregados?”, diz.

Para o sindicato, até os próximos 90 dias 1,5 mil trabalhadores devem ser demitidos do setor. Quando a quarentena e a pandemia chegarem ao fim, o representante dos trabalhadores afirma que cada operário poderá levar até cinco meses para encontrar um novo posto de trabalho. “A perspectiva é muito ruim”, completa.

Ainda em relação aos próximos meses, o sindicato projeta que as empresas que não estão conseguindo escoar a produção devem reduzir em até 30% o quadro de pessoal nos próximos dois meses.

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