Enfermeiros e técnicos de enfermagem do HRMS ( de ) reclamam de sobrecarga de trabalho, escalas reduzidas e corte em horas extras. A SES (Secretaria Estadual de Saúde), por sua vez, nega cancelamentos de adicional salarial aos trabalhadores.

Conforme uma servidora que preferiu não se identificar, os profissionais estão trabalhando no limite de pacientes e situação precária de locais de repouso e alimentação. Durante a pandemia, funcionários do setor pediátrico estariam sendo remanejados para o atendimento geral.

“A gente está adoecendo. Interna mais pacientes e extrapola a quantidade para cuidar. Várias técnicas de enfermagem são obrigadas a repousas no mesmo quarto, sem janela e colchões com espuma para fora. Nos enviaram o comunicado dizendo que não vão suspender férias ou recesso, mas logo em seguida nos informaram internamento o corte das horas extras”, disse.

A enfermeira também relata que colegas de trabalho com sintomas de coronavírus são afastados por apenas 10 dias. “Não fazem uma triagem se a gente volta transmitindo ou não. Tem gente que com 10 dias ainda está com IgM positvo e IgG negativo. Mas mesmo assim tem que voltar”.

Outro lado

Em nota, a secretaria informou que a informação não é verdadeira, pois não houve cancelamento ou corte das horas extras dos profissionais do HRMS.

“Foi aberto na semana passada processo seletivo simplificado para a contratação de 80 para reforçar o quadro de profissionais do Hospital. Em novembro houve desistência de 60 profissionais de saúde que estavam com contratos temporários influenciando no atual cenário do hospital”, finaliza o comunicado.