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Cotidiano

Em cinco meses, MS registrou 103 denúncias de violência contra idosos

Nos cinco primeiros meses do ano, Mato Grosso do Sul teve um registro de 103 denúncias de violência contra o idoso e de acordo com a Adep-MS (Associação das Defensoras e Defensores Públicos de MS), o número é considerado alto para um curto período de tempo e em relação a pandemia da Covid-19, o novo […]
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Nos cinco primeiros meses do ano, Mato Grosso do Sul teve um registro de 103 denúncias de violência contra o idoso e de acordo com a Adep-MS (Associação das Defensoras e Defensores Públicos de MS), o número é considerado alto para um curto período de tempo e em relação a da , o novo coronavírus.

Conforme os dados, no mesmo período do ano passado foram 195 denúncias e, para o Defensor Público e coordenador do NUDEDH (Núcleo Institucional Promoção e Defesa dos Direitos Humanos), Dr. Mateus Augusto Santana, os números podem crescer ainda mais.

“O isolamento social, tal como acontece na violência doméstica contra a mulher, pode gerar aumento nos casos de violência contra o idoso. O problema é que casos de violência nem sempre se refletem nos casos de denúncia pela dificuldade de acesso aos portais. Por isso é importante divulgar o número do Disque 100 e plataformas como o da Defensoria Pública, pois isso gera mais chances de acesso às violências que estão acontecendo de forma silenciosa”, explica.

Vale lembrar que, nesta última segunda-feira (15), foi o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data foi instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, em razão do crescente número de casos de violência contra as pessoas com 60 anos ou mais de idade.

De acordo com a Dra. Linda Maria Silva Costa, 1ª vice-presidente da Adep-MS, a violência contra as pessoas idosas, não está relacionada apenas à violência física. “Ela [violência] também pode manifestar-se como psicológica, econômica, moral, sexual, pode ser familiar, social, institucional, estrutural e pode resultar de atos de omissão e negligência. Mesmo tendo leis, os idosos ainda têm seus direitos violados ou desrespeitados, muitas vezes são tratados como crianças ou incapazes, desqualificando a sua importância como cidadãos”, afirma.

Violência contra o idoso

Conforme aponta o balanço anual de 2019 do Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 30% das denúncias relatam violência contra pessoas idosas, sendo registradas 48.446 denúncias e um aumento de 29,3% em relação ao ano anterior.

A negligência é a forma de violência mais relatada (41%), seguida da violência psicológica (24%); violência financeira (20%); violência física (12%); e violência institucional (2%). A mulher representa 66% das vítimas idosas e o ambiente doméstico 81% (dados nacionais).

As defensoras e os defensores têm como ão prestar orientação e atendimento jurídico, social e psicológico às pessoas idosas vítimas de violência, em situação de vulnerabilidades e/ou que tenham seus direitos violados.

A atuação da Defensoria Pública na área se dá por via judicial e/ou extrajudicial, atendendo as mais diversas demandas da pessoa acima de sessenta anos nas esferas civil, familiar e criminal, de forma a concretizar seus direitos, com especial ênfase para as questões ligadas à saúde, à assistência social, à convivência familiar, ao patrimônio e à moradia, explicou a associação.

Junho Prata

Em Mato Grosso do Sul desde a Lei 5.215/2018, o mês de junho é dedicado, inteiramente, ao combate a violência contra o idoso com a campanha Junho Prata. A cor remete aos cabelos grisalhos que representam a sabedoria e maturidade daqueles que já tem mais de 60 anos.

No decorrer do mês, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, por meio da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, e o Governo do Estado vão promover diversas atividades voltadas à conscientização da sociedade sobre a importância do respeito à integridade física e psíquica contra pessoas idosas.

De acordo com o Defensor Público, Dr. Mateus Santana, é muito importante que a Defensoria Pública participe de campanhas como essa, “porque nós temos como missão institucional a educação e direitos. Campanhas como essa incentivam, dão visibilidade e incrementam essas potencialidades”, finaliza.

Em tempos de pandemia, a Defensoria Pública do estado de Mato Grosso do Sul está atendendo on-line pelo site ou pelo número 129. O cidadão também pode estar ligando no Disque 100 para relatar qualquer ato contra a pessoa idosa.

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