Boletim divulgado na manhã desta terça-feira (07) pelo HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) revela taxa de ocupação de leitos de 90,4%. No domingo, haviam disponíveis 13 vagas, mas as novas internações na segunda-feira (06) fizeram a disponibilidade cair para apenas 8 vagas.
Conforme o boletim, dos 75 internados na segunda-feira (06), 39 estavam em situação mais grave (UTI) e outros 34 estavam na enfermaria. Ainda dois pacientes considerados recuperados permanecem internados, em observação.
O ritmo de avanço de casos graves aumentou exponencialmente na unidade que é referência para o tratamento da Covid-19 pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado. Há 4 dias, haviam 64 internados, sendo 27 em UTI.
Colapso a vista
Para tentar evitar um colapso no sistema de saúde – momento em que os hospitais não receberão novos pacientes, o governo do Estado corre contra o tempo para liberar mais leitos UTI em hospitais particulares.
Na segunda-feira, houve reunião com representantes da Fundação Cármen Prudente, mantenedora do Hospital de Câncer Alfredo Abrão. A expectativa, porém, é que a abertura dos novos leitos deva ocorrer apenas na próxima semana.
“Estamos trabalhando com a perspectiva de colocar 18 leitos de UTI no Hospital de Câncer. Hoje [ontem] me reuni com a Diretoria Clínica do Hospital de Câncer e avançamos”, destacou Geraldo. O plano de trabalho inclui desde a estrutura até o isolamento dos pacientes –o HC é ponto de tratamento de pacientes de câncer, com a saúde já fragilizada.
Dentro da proposta, o Governo do Estado destinará 9 ventiladores mecânicos para os leitos, e a Prefeitura de Campo Grande entrará com igual número. A instalação dos demais equipamentos e a construção das equipes seriam gerenciadas pelo HC. Por fim, o Ministério da Saúde arcaria com os gastos, dentro do projeto nacional que destina R$ 1,8 mil por leito ocupado por pacientes de Covid-19.
