Morto após um no na tarde de segunda-feira (14), Eliovaldo Vargas Costa, de 54 anos, tinha muitos sonhos para realizar. Carteiro há 25 anos, ele sonhava em se aposentar nos Correios e ainda ansiava por uma viagem à praia após a pandemia. Um homem alegre e trabalhador, Eliovaldo deixa saudades em quem teve a oportunidade de conhecê-lo. 

Morto em acidente, Eliovaldo queria se aposentar como carteiro e ir à praia após pandemia
Eliovaldo era como um irmão para Hosana. (Foto: Arquivo Pessoal)

A cuidadora de idosos Hosana Domingues da Silva, de 50 anos, é ex-cunhada de Eliovaldo, mas conta que o considerava um irmão, tanto que ele é padrinho de sua filha. Hosana conta que ele era solteiro e não deixou filhos, mas que vai fazer muita falta para todos que o conheciam. 

“Quando aconteceu, foi um choque para mim. Ele tem 25 anos de Correios, sempre trabalhou e lutou. Infelizmente, aconteceu essa tragédia. Logo ele, que tinha tanto medo de morrer de ”, disse.

Hosana conta que o carteiro ficou em choque com o início da pandemia e tinha muito medo de ser infectado. Como faz parte do grupo de risco, ele foi afastado do trabalho e só retornou recentemente. “Ele estava trabalhando, todo feliz. Ele era super cuidadoso, foi um minuto de bobeira para acontecer aquilo”, afirma.

Eliovaldo morreu na tarde de segunda (14) após ser atropelado por uma carreta na avenida Ernesto Geisel. A sobrinha dele, Jéssica Silva Costa, de 25 anos, conta que o tinha como um pai e ficou sabendo do acidente após notícias nos jornais. “Eu reconheci, sabia que ele fazia aquela rota”, lamenta. 

Morto em acidente, Eliovaldo queria se aposentar como carteiro e ir à praia após pandemia
Funcionário há 25 anos, ele queria se aposentar nos Correios. (Foto: Arquivo Pessoal)

Jéssica afirma que a relação entre eles era muito próxima e que até ganhou um presente recentemente de Eliovaldo: uma árvore de Natal, para incentivar a imaginação da filha. Ela conta que vai sentir falta do companheirismo daquele que era praticamente um pai para ela. 

A ex-cunhada e amiga ressalta que ele sempre será lembrado por ser uma pessoa muito alegre. “Era uma pessoa bondosa, sempre sorridente e alegre, gostava de uma cervejinha no final de semana e sempre brincava muito. Ele se dava com todo mundo”, diz Hosana.

Hosana explica que Eliovaldo trabalhou nos Correios por mais de 20 anos e que queria se aposentar na empresa. Ele aproveitava as férias para conhecer praias e esse era o sonho para 2021. “Era uma pessoa excelente, não deveria ter morrido do jeito que foi, uma fatalidade, deixou todo mundo assim… ninguém acredita”. 

Essa característica de viajante e de sempre buscar conhecer um lugar novo também é lembrada pela sobrinha de Eliovaldo. “Vou lembrar da sua vontade de viver, de conhecer novos lugares, todo ano ele ia para uma praia”.