Inaugurada em 2005, a hidrelétrica Ponte de Pedra, localizada no Rio Correntes, nos municípios de e Itiquira (MT), já foi alvo de outros problemas na região. Na segunda-feira (17), moradores ribeirinhos denunciaram a morte de peixes devido ao fechamento de uma comporta da usina. 

Conforme o biólogo e diretor da ONG (Organização Não Governamental) Ecoa, Alcides Faria, a morte de milhares de peixes foi o problema mais grave causado pela usina até agora. “É um problema recorrente, mas o ocorrido agora é o mais grave que temos registrado com relação aos danos causados pela usina, inaugurada em 2005. É uma amostra muito grave dos danos que usinas causam para os rios que drenam para o Pantanal. São destrutivas individual e no conjunto”, alerta.

Conforme a PMA ( Ambiental), que esteve vistoriando o local no início da tarde desta terça-feira (18), o episódio aconteceu em um braço do rio Correntes e não propriamente no rio. Cerca de 300 metros ficaram sem receber a quantidade de água que vinham recebendo. Com isso, 40 quilos de peixes, da espécie curimbatá, morreram. O canal que faz essa ligação fica na cidade de Itiquira, em Mato Grosso, estava em suas normalidades durante a visita.

A polícia ambiental explicou que uma equipe de Rondonópolis e a Secretaria de de Itiquira, também estavam no local vistoriando as condições que levaram a morte dos peixes. As equipes dos dois estados devem se reunir com a usina para verificar qual a falha operacional teria comprometido o fluxo e causando o problema.

O Ibama informou ao Jornal Midiamax que está ciente da situação e enviou uma equipe ao local para apurar o corrido e tomar as providências. Relatórios da PMA serão encaminhados ao Ministério Público e aos órgãos ambientais para avaliação das consequências.

A Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra informou a reportagem que um desligamento intempestivo, não previsto, aconteceu no fim da manhã de segunda-feira. O problema causou a redução da vazão vazante do rio Correntes na região de Sonora e Itiquira. De acordo com a usina, a vazão sanitária não foi interrompida e que não houve secamento do rio Correntes.