O presidente da associação dos comerciantes, Narciso Soares dos Santos, negou, nesta quarta-feira (24), a denúncia de que trabalhadores e donos de boxes do estariam sendo despejados por no pagamento da taxa de manutenção dos serviços do Centro Comercial Popular de .

Segundo o representante, a regra de despejo está intitulada nos termos administrativos do camelódromo e todos os comerciantes são cientes do acordo. As taxas de manutenção mensal são cobradas para custear despesas como água, luz, limpeza e segurança

Durante pandemia, camelódromo nega despejo de comerciantes por inadimplência
Presidente da associação dos comerciantes, Narciso Soares dos Santos. (Foto: Leonardo )

“Ninguém está sendo despejado porque são funcionários permissionários, o que é cobrado por mês são taxas de manutenção. Aquele que atrasa recebe uma notificação, mas não é despejado. O estatuto do camelódromo diz que se atrasar em um total de meses, perde o alvará, mas não são despejados, e tem tempo de regularizar”.

Ainda conforme Narciso, o fechamento de 18 dias prejudicou o faturamento dos comerciantes. O motivo de muitos locais estarem fechados, é que alguns trabalhadores levaram as mercadorias para vender em casas ou pelas pelas sociais, porém, por decisão própria de cada empresário, ainda não retornaram as atividades presenciais.

“A nossa receita diminuiu e por outro lado nossa despesa aumentou. Tivemos que contratar pessoas para ficar na portaria despejando álcool em gel; gastamos mais de 50 litros de álcool por semana. Precisamos que os permissionários honrem com suas mensalidades para que continuemos administrando”, disse.

A proprietária de um box, que preferiu não se identificar, disse que acredita que alguns autônomos estão se aproveitando do atual cenário de crise para evitar o pagamento mensal. “Tem muita gente que quer trabalhar e não quer pagar pelo valor (cobrado) pela associação. Teve 2 meses com desconto de 10%, se não for mais, por conta da pandemia. Essa pessoa (inadimplente) é notificada, mas não fica sem o direito de trabalhar, mas a maioria não quer pagar”, disse.

(Colaborou Leonardo França)