Caminhoneiro de Dourados tossiu sangue e falou com filho 4 horas antes de morrer por coronavírus

“Meu pai era minha referência de vida. Era um homem trabalhador e se dava bem com todos que conviviam com ele. Sinto uma grande dor em meu coração por nem poder me despedir dele”, disse Jefferson Ribeiro Muller, de 28 anos,  filho do caminhoneiro douradense Antoninho Muller, que morreu de Coronavírus em Tocantins. O dois […]

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“Meu pai era minha referência de vida. Era um homem trabalhador e se dava bem com todos que conviviam com ele. Sinto uma grande dor em meu coração por nem poder me despedir dele”, disse Jefferson Ribeiro Muller, de 28 anos,  filho do caminhoneiro douradense Antoninho Muller, que morreu de Coronavírus em Tocantins. O dois moravam juntos no Jardim Canaã I, em Dourados.

Jeferson relatou ao Jornal Midiamax que o último contato que teve com o pai foi às 17h, do último sábado (25), via mensagens do WhatSaap. “Ele me contou que estava bem, mas que estava tossindo muito e que estava um pouco preocupado porque tinha momentos que expelia sangue pela boca”. Quatro horas depois ele recebeu a notícia de que o pai já estava morto.

Além da perda do pai, Jerferson e seu irmão Anderson Ribeiro Muller, de 34 anos, não terão direito nem às duas horas de velório que são permitidas durante a pandemia.

“Só nos deram essas duas opções: enterrar o corpo lá ou fazer a cremação”, disse o motorista de aplicativo que viu o pai há 40 dias. De Dourados Antoninho seguiu para Goiás, passando por Belém e outras localidades até ser internado há deias em TOcantins

“O que ficou daquele momento é um belo sorriso que guardarei para sempre em meu coração”, disse Jeferson.

Segundo o filho,  as despesas da cremação do corpo de Antoninho, opção escolhida pela família,  serão pagas pela empresa de Concórdia onde trabalhava com transportes de frios. “As cinzas do meu pai serão encaminhadas para a minha mãe que mora em Palotina”, disse o rapaz.

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