Temendo falência, donos de academias fazem apelo por reabertura

Cerca de 120 empresários se reuniram e criaram normativas para tentar “convencer” o prefeito Marquinhos Trad (PSD) a liberar o funcionamento das academias, em Campo Grande. Sem previsão de abertura, donos de ramo já sofrem com pagamento de aluguel, salário de funcionários e temem quebrar durante pandemia por conta do novo coronavírus (Covid-19). Conforme um […]

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Cerca de 120 empresários se reuniram e criaram normativas para tentar “convencer” o prefeito Marquinhos Trad (PSD) a liberar o funcionamento das academias, em Campo Grande. Sem previsão de abertura, donos de ramo já sofrem com pagamento de aluguel, salário de funcionários e temem quebrar durante pandemia por conta do novo coronavírus (Covid-19).

Conforme um integrante do grupo, Marcos Freire, não existe sindicado ou representante de academias, então criaram um documento com recomendações de infectologistas e engenheiros ambientais para elaborar as normas e enviar a Prefeitura Municipal. Segundo ele, tiveram uma reunião com Marquinhos há 10 dias e ainda estão aguardando um posicionamento.

“O Conselho de Educação Física, que representa só o profissional de educação física, montou um documento com as mesmas normativas e entregamos novamente, mas não tivemos a devolutiva com o decreto liberando para funcionar. Alguns já não estão conseguindo cumprir com o pagamento e estão começando a demitir os funcionários, o dono do prédio não está aceitando metade do pagamento, outros não conseguem pagar o salário do quadro de funcionários, outros que vão até vender a academia por não ter condição mais de retornar as atividades”, explicou.

Dentre as recomendações no documento está as unidades devem ter 1 aluno para cada 15 m², e respeitar a distância mínima de 1,5 entre os aluno; ambiente aberto e ventilado; bebedouros devem ser lacrados, os alunos devem levar sua garrafa com água e não compartilhar com demais; cartazes de alerta sobre a pandemia; proibição de uso de chuveiros; desativação de catracas; e horário de funcionamento reduzido.
O uso de material de musculação deverá ser higienizado entre troca de alunos e o compartilhamento sem limpeza é proibido; professores e treinadores serão responsáveis por supervisionar os equipamentos; treinos com aglomeração serão proibidos; evitar o contato de alunos com o chão; priorizar atividades ao ar livre; o funcionamento das aulas reduzirão em 30% e as aulas, que serão agendadas, deverão ter um intervalo de 15 minutos entre cada turma para que se tenha tempo para os alunos higienizarem seus materiais.

O documento também ressalta que os profissionais estarão usando EPIS (Equipamentos de Proteção Individual, mantendo o ambiente higienizado, disponibilizando álcool em gel para funcionários e clientes. Além disso, pessoas do grupo de risco não poderão treinar durante este período.

Na live transmitida ontem (8), o prefeito disse que está negociando com empresários do ramo para viabilizar a abertura na próxima semana. “Caso tudo seja aceito, nas condições impostas pela prefeitura, acredito que amanhã [quinta-feira] ou no início da semana, as academias de ginástica poderão funcionar, desde que obedeçam fielmente o regramento administrativo”, destacou.

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