Após ter dois casos confirmados de coronavírus entre os servidores, o (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul ) vai realizar 450 testes a partir desta segunda-feira (1) nos colaboradores. Servidores afirmam que o exame usado para testar a doença, o teste rápido, é ineficaz e não dá segurança.

Em live na conta oficial do Governo do Estado, o secretário Eduardo Riedel, da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, todos os procedimentos de segurança estão sendo seguidos. “A secretaria de Estado de Saúde fazendo testagem no Detran, tivemos anuncio de caso especificamente na sede, estamos fazendo todo o protocolo para garantir segurança”, disse.

Foram afastados do trabalho 20 servidores que estão com suspeita de terem contraído o vírus. Expostos ao , os servidores estariam revoltados com a falta de transparência e pelo teste rápido, optado pelo governo para realizar a testagem. O teste ideal, segundo o (Sindicato dos Servidores do Detran) seria o PCR.

Medo de surto da doença

De acordo com o presidente do Sindetran (Sindicato dos Servidores do Detran), Otacílio Sakai, a escolha de modelo do exame não agradou, pois servidores temem a ineficácia do resultado.

“Ficou muito notório a vontade da diretoria em abafar e tranquilizar a situação. Até agora não temos a confirmação de quem é a segunda pessoa infectada pelo vírus, sabemos apenas que era do bloco da presidência. A transparência nessa situação é vital porque temos medo do que pode acontecer”, disse Sakai à reportagem.

Além da reivindicação de transparência do Detran-MS, os servidores temem que o teste rápido não será eficaz para identificar de imediato o coronavírus. “O teste rápido vai garantir a segurança dos servidores? Deveria ser feito o PCR”, afirmou o presidente do Sindetran.

O temor é que se um servidor estiver com o vírus e os anticorpos ainda não estiverem se manifestado, o teste pode dar negativo para a doença e, diante disso, a rotina de trabalho pode voltar ao normal. Muitos servidores precisarão viajar ao interior de MS para procedimentos do órgão. Sakai afirma que isso não aconteceria se exame feito fosse o PCR.

A reportagem entrou em contato por telefone com o presidente do Detran-MS, Rudel Trindade, mas ligações não foram atendidas. A assessoria de imprensa do órgão foi contatada e Midiamax aguarda retorno.