A taxa média de isolamento social em Mato Grosso do Sul neste domingo (10), quando foi comemorado o Dia das Mães, foi de 41,9%, a menor para este dia nas últimas 7 semanas de enfrentamento local ao novo (). O percentual, equivalente a 4 pessoas isoladas contra 6 que não seguem as orientações, ficou bem abaixo também da média nacional (47%), mesmo diante de apelos das autoridades de Saúde para a possibilidade de contágio com a realização de reuniões, festas e aglomerações –sobretudo dos chamados grupos de risco, especialmente os idosos.

Os dados foram divulgados pelo Governo do Estado a partir do levantamento da consultoria In Loco, que faz o monitoramento a partir da movimentação nos sinais de telefones celulares em todo o país. Nos domingos de março, mês em que surgiram os primeiros casos de coronavírus no Estado, o dia 15 teve isolamento de 42%, percentual que chegou a 63% no do dia 22 e a 59% no do dia 29.

Em abril, os percentuais foram de 64,3% no domingo de 5 de abril (até aqui o melhor percentual para o dia nessas 7 semanas); de 56,6% no dia 12; 58,5% no dia 19; e de 55,5% no dia 26. E, em 3 de maio, o índice recuou para 47,9%.

O distanciamento social foi recomendado até aqui como melhor estratégia para enfrentar o coronavírus diante da realidade da doença que, por ser nova, não tem uma vacina ou mesmo um tratamento clínico que seja consenso. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) recomenda um isolamento mínimo de 60% para frear a curva de contágio no Estado, que nos últimos dias aumentou, principalmente, após o aparecimento de surtos no interior, como em –que teve seu primeiro caso na semana passada e, nesta segunda-feira (11), já contabilizada 34 doentes.

Baixo nível

Os cinco menores percentuais de isolamento social vieram, justamente, de pequenas cidades: Novo Horizonte do Sul, com 28,1%; Japorã, 28,6%; Santa Rita do Pardo, 31,3%; Anastácio, com 31,5%; e , com 32,9%.

Já as duas cidades com o melhor percentual de isolamento são aquelas que encararam o maior índice de incidência do Estado: Guia Lopes, com 70,8%; e Brasilândia, com 57,3%. Na sequência aparecem Jaraguari (56,8%), (que também registrou seus primeiros casos nos últimos dias, 56,4%) e Figueirão (55,3%).

Campo Grande

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Percentual de recolhimento em Campo Grande foi de 41,2%, ainda menor que a média estadual. (Foto: Chico Ribeiro/Subcom)

Cidade com o maior número de casos (155 na contagem desta segunda), Campo Grande registrou isolamento social abaixo da média estadual, com 41,2%. Contudo, pelo menos cinco bairros ficaram abaixo dos menores municípios: Tiradentes (24%), Universitário e (25%), São Francisco (27,1%) e Jardim Columbia (27,9%).

“A arma que a gente tem em todo mundo é o isolamento social. Nossa preocupação é que estamos tendo um acréscimo muito expressivo nos últimos dias, estamos numa média de 15, 20, e até 25 novos pacientes por dia, e isso nos tem trazido muito apreensão. E ficar em casa é a melhor contribuição que cada um pode nos dar nesse momento”, ponderou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, ao pontuar o aumento no número diário de casos de Covid-19 no Estado (entre domingo e esta segunda, foram 23 confirmados).