Donos de boxes e lanchonetes da , em , reclamam do baixo faturamento durante o período de crise que a de coronavírus trouxe. Além de não lucrar, feirantes relatam que não podem baixar preços de produtos por custo tabelado da administração do local e temem falência.

Segundo uma feirante, que preferiu não se identificar, a associação que administra a feira possui um contrato de exclusividade com fornecedores de bebidas, com isso, os comerciantes ficam limitados na compra e não conseguem negociar preços mais baixos.

“Ninguém sabe, nem donos de sobaria, o motivo dessa exclusividade, ou seja, o fornecedor tem contrato com a administração, onde nós não comprar nenhuma bebida a não ser a deles. O preço é tabelado, o cliente não compra bebida barata, e nós não podemos fazer promoção. Tem dias que lucro apenas R$ 45, e olhe lá”, disse.

Outro feirante, que também não quis se identificar, reclama de valores cobrados na taxa de manutenção do local.
“Nós tínhamos a concessão do estacionamento, e perdemos faz uns três meses sem explicação. Além disso, antes, o condomínio vinha cerca de R$ 150 a R$ 160, e tínhamos o desconto por causa do repasse do estacionamento, e agora que não tem mais, o condomínio está mais barato, não tem lógica”, disse.

Outro comerciante disse que tem sofrido para abrir as portas e reclama da pressão pelo lucro nos últimos dias. “Na reunião que tivemos essa semana, a administração disse que as bancas têm que abrir, e como que a pessoa consegue lucrar nessa pandemia? Ninguém está mais vindo na Feira Central”.

Por outro lado, outro feirante, que também preferiu não ser identificada, disse que a reclamação das normas partem de uma minoria. “Acredito que estão dizendo porque ninguém está lucrando. A feira sempre funcionou assim e nunca tivemos problemas, mas a crise está batendo na porta”.

A presidente da Afecetur (Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande), Alvira Appel Soares de Melo, informou que desconhece as reclamações dos comerciantes.

“Os fornecedores são escolhidos por eles (feirantes). O caráter da associação não é que a gente decida por eles. Nós ouvimos para que nós tomamos atitudes. A associação não diz qual a camisa ou boné que tem que usar, inclusive nós incentivamos a compra coletiva. A gente recebe uma enxurrada de informações diante da situação que nós vivemos. A pessoa quando fala que não ouvimos a voz de alguém é muito grave, pois aqui a maioria escolhe o que eles quer fazer, não é a Afecetur”, disse.

Ainda conforme Alvira, a associação está planejando junto com os associados alternativas para um novo horário de funcionamento após a determinação do toque de recolher.