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Cotidiano

Com cloroquina, equipe médica de MS diz ter conseguido melhora em paciente com coronavírus

A equipe médica da Santa Casa de Corumbá afirma ter usado cloroquina, medicamento sem comprovação de eficácia
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A equipe médica da Santa Casa de Corumbá afirmou nesta semana que conseguiu resultados positivos de um paciente de 48 anos com , causado pelo novo coronavírus, após uso de um coquetel com os medicamentos e azitromicina. O paciente esteve na CTI do e hoje, diante da melhora, segue internado na enfermaria.

O coquetel com os dois medicamentos, administrado por cinco dias, está em fase de testes por diversos hospitais no Brasil e pode ser utilizado mediante termo de consentimento do paciente. Embora não tenha eficácia comprovada, pesquisas seguem realizadas durante a pandemia. No caso do paciente em questão, o uso do coquetel foi iniciado antes mesmo do diagnóstico positivo, após consentimento do mesmo, e diante de quadro sugestivo para o covid-19.

“Fizemos uma tomografia e o padrão tomográfico era muito sugestivo para o quadro de uma pneumonia viral, ele também apresentava sintomas de SRA (Síndrome Respiratória Aguda). A principio, ele respondeu bem a suplementação de oxigênio e então decidimos, na CTI, com o consentimento do paciente, iniciar o uso da cloroquina associada a azitromicina”, detalhou o médico Manoel João Costa.

Quando o tratamento foi iniciado, a equipe ainda não tinha o diagnóstico. Só fomos receber o resultado no 5º dia, quando já estava concluindo o tratamento. Acreditamos que, se tivéssemos esperados, a doença teria evoluído e provavelmente o paciente teria que ser intubado”, acrescentou.

Medicamento polêmico

Utilizada para tratamento de malária, de doenças reumáticas e também autoimunes, como o lúpus, o medicamento é alvo de polêmica, por ter uso indicado, mesmo sem comprovação científica de eficácia contra a Covid-19, até o momento. A recomendação é para o uso precoce e com administração apenas por médicos, devido aos efeitos colaterais da medicação.

“Já existe um protocolo de utilização. Não se trata de um medicamento novo, não precisaria ser testado em todos os aspectos, como no caso de novas drogas. O uso é permitido pelo Ministério da Saúde e só é administrado mediante consentimento do paciente”, defendeu Costa.

Segundo o médico, uma segunda tomografia de controle já apontou que a melhora ocorreu e que o paciente não evoluiu para a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), quando os sintomas da Covid-19 se tornam mais graves. O paciente estaria já em uma fase secundária da remissão da doença e segue estável.

“Levamos média de 5 dias para ter o diagnóstico. Quando o resultado saiu positivo, isso não nos surpreendeu. Ele está bem, sentado. Está até nos ajudando a consertar umas cadeiras daqui que precisam de reparo, pois esse é o ofício dele e também ajuda a ocupar o tempo. A previsão de alta é para sábado, se Deus quiser”, concluiu Costa.

Nota em 1º de outubro de 2021: No início da pandemia, o uso do chamado kit-covid, que reunia medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, impactou a comunidade científica por serem medicamentos sem comprovação de eficácia, que puderam ser prescritos devido ao princípio da autonomia médica, num contexto em que paciente/família precisa ser informada e consentir com o uso das drogas. Atualmente, estudos científicos apontam que os medicamentos que integram o kit não são eficazes. A presente reportagem trouxe a perspectiva de médicos de MS sobre resultados preliminares – informando devidamente que o uso das drogas era controverso. Devido à comprovação de ineficácia, esta nota foi adicionada.

 

Mesmo sem eficácia comprovada, ‘kit covid’ ainda divide opiniões em Campo Grande

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